sábado, 28 de fevereiro de 2009

Sintetizadores de voz

Abaixo, links para dois sites de sintetização de voz muito bons para tirar dúvidas sobre a pronúncia das palavras. É só escrever o texto que ele reproduz o som.
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O primeiro é da ATT e tem várias línguas (não é lá essas coisas para o francês); o segundo é da France Telecom e só tem francês e em inglês (funciona perfeitamente para o francês).
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Travail

CONVENTIONS COLLECTIVES SELON SELLIÈRES
Note de service P 12/324 - Avenant à la convention collective
Merci de prendre connaissance de ces nouvelles dispositions :
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TENUE VESTIMENTAIRE
Il est préférable de s'habiller en fonction du salaire que l'on reçoit. Si vous arrivez avec des chaussures PRADA à 350 euro ou des sacs VUITTON à 600 euro, nous en conclurons que vous n'avez aucun problème économique donc que vous n'avez pas besoin d'augmentation.
Si vous vous habillez trop pauvrement nous en conclurons que vous devez apprendre à mieux gérer vos finances donc nous ne pourrons pas vous donnerd'augmentation. Si vous vous habillez normalement cela veut dire que tout va bien et que vous n'avez donc pas besoin d'augmentation.
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JOURS DE MALADIE
Nous n'acceptons pas les certificats médicaux comme justificatif de maladie. Si vous avez pu vous rendre chez le médecin c'est que vous pouvez aussi venir au travail.
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JOURS DE CONGÉS
Chaque employé aura droit à 104 jours de congés appelés «Samedi» et «Dimanche»
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TOILETTES
Nous avons noté trop de temps perdu aux toilettes. Les nouvelles dispositions prévoient donc un maximum de 3 minutes aux toilettes. Après ces 3 minutes, une alarme sonnera, le papier hygiénique disparaîtra, la porte s'ouvrira et une photo sera prise. Au second retard aux toilettes, la photo sera exposée publiquement.
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PAUSE REPAS
Les employés trop maigres auront droit à 15 minutes car ils ont besoin de manger plus pour grossir. Les employés de stature normale auront droit à 10 minutes pour faire un repas équilibré et rester en forme. Les employés trop gros auront droit à 5 minutes ce qui est suffisant pour avaler un SLIM FAST.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A Aposta de Pascal

Quem é ateu ou simplesmente duvida da existência de Deus já deve ter sido confrontado a alguma variante da "Aposta de Pascal", um dos argumentos preferidos dos religiosos. Abaixo, a explicação desse argumento e a resposta dada por Richard Dawkins. (Veja o post Ateus: saiam do armário!)
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"A Aposta de Pascal, criada por Blaise Pascal, longamente apresentada no livro Penseés, não é um argumento direto da existência de Deus. É um argumento que poderá ser considerado calculista, a favor de um comportamento humano de acordo com a existência de Deus, seguindo a 'razão do coração'. Este argumento tem mais ou menos o conteúdo que se segue:
* Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, será beneficiado com a ida ao paraíso.
* Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, não terá perdido nada.
* Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, não terá perdido nada.
* Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, você irá para o fogo eterno."
(Fonte: Wikipédia)
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Richard Dawkins respode à pergunta "E se você estiver errado?"
Em uma palestra
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Em uma entrevista

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Animação Um ateu encontra Deus (com legendas e erros de ortografia)

"Respire", de Mickey 3D

"Respire", um ótimo clipe da banda Mickey 3D.
No Youtube, esse clipe também está disponível com legendas em inglês.

Filet ao molho de shiitake e salsão

Ingredientes (para duas pessoas)
2 bifes grossos de filet mignon
Cogumelos shiitake frescos ou reidratados
Talos de salsão (aipo - é muito bom, vale a pena caprichar)
Alho picado (costumo colocar 4 dentes)
Molho shoyu
1 colher de chá de maisena diluída em água fria
Pimenta-do-reino
Pimenta síria
Manteiga sem sal (porque o shoyu já tem sal o bastante)
300 g de inhame
Óleo para fritar
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Preparo
Descasque o inhame, corte-o em fatias finas e frite em óleo bem quente. O inhame fica mais crocante do que a batata, continua gostoso por muito mais tempo, é mais fácil de fritar e pode ser comido sem sal ou com muito pouco. Não tem mistério nem truque: é só comprar inhames novos e cortar fininho. Na hora de fritar, deixe-o ficar levemente "moreno".
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Tempere os bifes com alho, pimenta-do-reino e pimenta síria. Não é necessário colocar sal. Retire as fibras grossas do salsão e divida-o em rodelas não muito finas. Faça tiras grossas do cogumelo. Aqueça bem uma frigideira grande de fundo grosso e derreta uma quantidade generosa de manteiga. Imediatamente, para evitar que a manteiga escureça, coloque os bifes para dourar de um lado na parte central. Vire os bifes e adicione o salsão e o cogumelo na parte lateral, para refogar. Regue com a quantidade desejada de shoyu (se necessário, misture água para quebrar o excesso de sal) e incorpore a maisena diluída em água. Mexa bem até até o molho encorpar um pouco (é bem rápido).
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P.S.: Bifes malpassados, por favor!

Liberdade

Não consegui fazer realmente o que tinha em mente, mas serve como uma boa pista de um quadro que eu pintaria, se soubesse, e que levaria o nome de "Liberdade".
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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

PAS DE PAS

Esse é um texto que escrevi quando estava no segundo semestre de francês e descobri que a primeira pessoa do singular do presente de suivre é igual à de être. Descobri também vários outros jogos de palavras e acabei tendo essa ideia.
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...................PAS DE PAS

.......................Je suis
.......ce que je ne suis pas
.........Tu suis
....mes pas
...mais pas
....mes nons.
....Mes noms
...........n’ont pas
....été ouïs.

A síndrome do B2

O aluno que faz o segundo semestre do curso de francês no Centro de línguas é uma não-pessoa. A frase – propositalmente ridícula – serve para mostrar a situação do nosso aluno de B2. Falo especificamente do curso de francês, porque não sei se existe, no curso de espanhol, italiano, inglês ou alemão, o que costumo chamar de “a síndrome do B2”.
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Esse terrível mal aflige mais algumas turmas do que outras, mas acho que está presente em todas. A história é a seguinte: o aluno de B1 (em geral bastante entusiasmado) pensa mais ou menos assim: “UAU, já sei dizer minha profissão, já posso pedir para ir ao banheiro e já consigo contar até 10!” Suspeito até que alguns chegam em casa saltitando “MANHÊ, hoje eu aprendi o nome das frutas em francês, quer ouvir?”
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Brincadeiras à parte, essa energia das turmas iniciantes facilita o aprendizado e a concentração, e o trabalho costuma ser muito divertido. Como as atividades são muito mais dirigidas, o aluno normalmente está seguro do que tem a dizer e manda ver. No semestre seguinte, porém, as coisas mudam: primeiro, o aluno não é mais iniciante, e o professor já não fa-la da-que-le jei-to ex-pli-ca-di-nho que é ne-ces-sá-rio no B1. E nem deveria: se você continua ouvindo uma fala muito artificial, vai ter cada vez mais dificuldade para se acostumar à língua de verdade.
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Mas quando eu brinco, dizendo que o aluno de B2 é uma “não-pessoa”, quero mostrar como ele é difícil de classificar: não é mais grand débutant, mas está longe de ser intermédiaire e, pra piorar, acabou de chegar de férias – alguns só chegam depois do Carnaval. Além disso, a empolgação do B1 (“eu sei isso, isso e aquilo”) dá lugar ao nervosismo do “eu não sei isso, nem aquilo, nem aquilo outro... EU NÃO SEI NA-DA!!” Na verdade, ele sabe muita coisa, e se tentasse se virar com o que sabe, conseguia dizer muito mais do que imagina. Numa próxima ocasião, vou falar de minhas experiências com o tcheco, e você vai entender direitinho.
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Como miséria pouca é bobagem, no B2 o coitado do aluno ainda aprende um monte de vocabulário, vários novos pronomes e uma série de tempos verbais que não são particularmente difíceis, mas exigem bastante atenção e prática (futur proche, passé composé, imparfait, futur simple). Não é à toa que quase sempre rola uma saudade do professor do B1...
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Caso você, meu caro leitor, seja um aluno de B2, estou te dizendo isso para você saber que não é uma pobre vítima de um mal desconhecido. Na verdade, seu problema já é bem conhecido e catalogado como “síndrome do B2”. Ainda não foi descoberta uma vacina, mas quer saber o remédio? Relaxe, estude e não tenha medo do erro. Afinal, quem tá na chuva é pra se molhar!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Dica do dia

Para fazer um purê mais gostoso, coloque a batata (em pedaços grandes) em água salgada já fervendo. Se você coloca a batata em água fria, ela perde muito de seu sabor e de seus nutrientes. Para melhorar ainda mais, capriche na manteiga (sem sal, de preferência) e coloque creme de leite em vez de leite.
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Dia desses, li que é interessante colocar uma clara em neve, mas ainda não experimentei. Se você fizer o teste, deixe um comentário.
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P.S.: Quem estuda francês sabe que, nessa língua, não se diz la crème de lait, mas simplesmente la crème ou la crème fraîche (creme fresco, menos usado no Brasil). Se você olhar bem, vai ver que "creme de leite" é um pleonasmo!
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P.S. 2: Para quem não estuda francês, purê vem do francês la purée. A letra u é pronunciada [y], um som que não existe em português e que fica entre o i e o u (é um i pronunciado com os lábios arredondados). Isso explica por que algumas pessoas pronunciam "pirê" (na minha família por parte de mãe, todo o mundo fala assim).

Mãos

Tirei essa foto das mãos de minha avó há alguns anos. Ela detestou, mas eu gostei muito da textura possibilitada pelo filme ISO 1600.

Um pouco mais a respeito do acordo ortográfico

O leitor vidaseverina fez um comentário muito inteligente a respeito do artigo do Marcos Bagno. Concordo que esse autor toma, às vezes, um tom panfletário. No entanto, é preciso entender esse modo de falar dentro do contexto em que se desenrolam algumas discussões sobre língua no Brasil. Creio que a forte carga de preconceito linguístico em nosso país leva os veículos de comunicação de massa (televisão, revistas) a sempre abordar o tema "língua portuguesa" a partir da concepção antiga, retrógrada e não-científica da gramática tradicional.
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Nas reportagens que a revista Veja faz sobre língua portuguesa, p. ex., o tom é sempre de "a ruína da língua", como se arrancar os cabelos ajudasse em alguma coisa (a respeito da Veja, confiram http://www.marcosbagno.com.br/conteudo/arquivos/art_carta_urgente.htm). O professor Pasquale, que não tem nenhuma simpatia pelos linguistas, ganhou um quadro no Fantástico durante certo tempo. Mas quase nunca se ouve falar dos linguistas, os verdadeiros especialistas do assunto (sinceramente, acho que um quadro sobre diversidade linguística ou análise do discurso faria o maior sucesso na televisão).
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Com relação ao acordo, confesso que tinha muitíssimas reticências - e ainda tenho: afinal, já que é pra mexer na língua, por que não resolveram de vez a questão do hífen? Continuou complicado, talvez só um pouco menos. Além disso, a dita "uniformização" da ortografia (uniformização pela metade, porque há diversas grafias duplas, mas deixa baixo) não elimina as principais diferenças entre o português brasileiro e lusitano: léxico (vocabulário) e sintaxe (uso de pronomes, ordem das palavras, tempos verbais...) - diferenças que, é bem verdade, são bem menores na escrita culta formal.
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E o fato é que, com algumas exceções, não havia nenhum problema de entendimento. Não é meia dúzia de acentos que vão me atrapalhar de ler Saramago (que fazia questão que seus livros fossem publicados no Brasil com a grafia e o vocabulário lusitanos - estava certo, e penso que é um crime "aportuguesar" ou "abrasileirar" uma obra literária).
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Mas a verdade é que eu, ingenuamente, não tinha atentado para o lado político da questão, tal como abordado no artigo. Com relação a isso, apenas pensava que a desimportância política de nossa língua correspondia a nossa própria desimportânica político-cultural. Mas o texto de Bagno me esclareceu outros aspectos.
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Agora, com relação aos pontos levantados por vidaseverina, como ele próprio diz, "sempre tem um mas"...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Acordo ortográfico

Um ótimo texto sobre o acordo ortográfico:

http://www.marcosbagno.com.br/conteudo/arquivos/art_carosamigos-novembro2.htm

Aproveitando a deixa, recomendo a leitura dos textos do linguista Marcos Bagno, em especial de seu livro Preconceito linguístico.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

MICARETA

MICARETA.............................................................................
PICARETA.............................................................................
CARETA............................................................................
RETA.............................................................................
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(Se colocar uma batida no fundo e o Asa de Águia cantar, consigo vender um milhão de cópias, hahahaha!)

Paella à la Sandrrô

Nesse vídeo de produção primorosa, de dar inveja a Hollywood (reparem a participação especial do tanque ao fundo), um Sandro barbudo explica como preparar uma paella. Lembrem-se bem, na Espanha, deve haver no mínimo 500 maneiras "certas" de fazer a paella, e cada pessoa diz que a sua é que é a "autêntica". Bom, essa é a versão que eu fiz naquele dia. É possível acrescentar outros ingredientes, como ervilhas frescas, escargots ou lagostins, é possível trocar o frango por coelho, é possível tirar a lula e os mexilhões... Procurando na internet, você vai reparar que minha receita é uma mistura abrasileirada de paella marinera e paella valenciana. Como sempre, não é barato nem prático, mas e daí?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Comparação entre a vida do ateu e a vida do religioso

Apenas para pedir respeito.

Humor não ofende ninguém... eu espero!

Dois vídeos para rir um pouco. Não recomendado para pessoas religiosas.

Deus não existe: prove


A delusão dos ateus (referência ao livro de R. Dawkins "Deus: um delírio" - The God delusion no original)

Personagens da noite no Centro de Vitória

Abaixo, algumas fotos que fiz em 2001, quando realizei um trabalho intitulado "Personagens da noite no Centro de Vitória" com meus amigos Guilherme e Belchior. As fotos em PB são de 2002, quando repeti a brincadeira, dessa vez sozinho.




“Inglês é que é fácil”

Todo professor de francês já ouviu de seus alunos (uma vez ou várias) algo como: "Francês é muito complicado. Acho inglês bem mais fácil, porque quase não tem conjugação de verbos!"
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De fato, em inglês, para aprender um verbo, normalmente basta conhecer três formas: o infinitivo, o passado e o particípio passado. Para felicidade geral da nação, na maioria das vezes essas duas últimas formas são iguais. As flexões (-s para a 3ª p. do singular do presente, -ed para o passado e -ing para o gerúndio) são simples e a maior parte dos tempos se forma por auxiliares.
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Se eu dissesse que a conjugação em francês não dá certa dor de cabeça, seria mentira – não vou negar que tem um monte de terminações, verbos irregulares, primeiro grupo, segundo grupo, terceiro grupo etc. E vou deixar para outro dia o paralelo que mostra que os verbos em francês são mais simples que em português: é da comparação com o inglês que estamos falando.
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Mas o que sempre me pergunto é por que essa coisa de verbo é colocada como o medidor da dificuldade de uma língua estrangeira, como se a gente não tivesse várias outras coisas para aprender. Se eu quisesse ser chato, diria que a suposta complicação do francês serve de desculpa para os alunos que não estudam o bastante. Se eu quisesse ser extremamente sincero, confessaria que, como professor, estou ciente de que nem sempre consigo fazer com que todos os meus alunos compreendam e assimilem esse ponto gramatical. (Mas eu faço o que posso, juro!)
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Acontece que o inglês parece mais fácil porque temos muito mais contato com ele: filmes, seriados e músicas nesse idioma são bastante difundidos no Brasil. Pegamos muita coisa "por osmose", quase sem querer. Que ótimo! Mas quem estuda outra língua pode conseguir muito material na internet e no movimento alternativo de circulação de bens culturais (eufemismo que inventei para pirataria – ficou bom, né?).
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O importante é você lembrar, antes de continuar lendo, que minha intenção não é te convencer que francês é moleza. Quero simplesmente que você entenda que a língua de Shakespeare é bem menos simples do que algumas pessoas gostam de pensar. Além disso, não vale o camarada estudar inglês durante 10 anos (e às vezes até fazer intercâmbio nos EUA) e depois vir me dizer, no meio do segundo semestre, que acha francês complicado "porque em inglês eu consigo dizer tudo". Alguns soltam a pérola na terceira semana de aula do primeiro semestre...
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De qualquer forma, o importante é lembrar que ficar martelando malices do gênero "conjugar verbo em francês é muito complicado" não leva a lugar nenhum. Por outro lado, há diversos fatores que tornam o francês mais fácil do que o inglês e levam a balança para perto do meio. Seguem alguns exemplos:
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1) A ordem das palavras na frase, em francês, é quase sempre igual à do português. Nada, portanto, daquelas construções típicas do inglês que nos parecem "extraterrestres": paper-based process automation solutions ("soluções para a automação do processo baseado em papel" – em francês, solutions pour l’automation du procédé basé sur le papier).
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2) O francês é uma língua neolatina, "prima" do português, e tem muitas palavras cognatas, ou seja, parecidas com as nossas. É por isso que é mais fácil para o professor de francês ser entendido por seu aluno quase de imediato, desde que fale pausadamente e escolha bem o vocabulário. É por isso, também, que um brasileiro que só fala português se sente mais à vontade lendo em francês do que em inglês. Imagine que você não sabe nada de francês nem de inglês e compare a transparência dessas frases: Elle se sent bien e She feels all right.
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3) Em francês, se você ouve uma palavra, não tem certeza de como ela se escreve (aliás, uma pedra no sapato de quem aprende francês é a homofonia, isto é, o fato de algumas palavras terem a mesma pronúncia mas serem escritas de um jeito diferente). Por outro lado, ao ver uma palavra escrita, raramente você se engana – é lógico que a maneira de ler não é como em português, mas uma vez que você aprende, há razoavelmente poucas exceções. Com relação à ortografia do inglês, costumo dizer que é algum tipo de piada sádica: compare a pronúncia da sequência de letras -ough- nas palavras though, tough, through, thought e enough. Ou das letras -ea- em I read, I've read, break, peak, pearl e pear. Ou de -all em all e shall. Nem vale a pena me estender aqui, se você fala inglês, já conhece o drama. (É claro que você vai pensar nos acentos do francês, e pode até mencionar que um palavrãozinhho como hétérogénéité conseque ter cinco deles. Mas os famosos acentos são menos complicados do que sonha tua vã filosofia: um dia ainda falo disso.)
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4) A fonética do inglês, por outro lado, é mais complexa que a do francês: tem mais sons vocálicos e mais sons consonantais (não é uma impressão minha, é um dado objetivo). Aliás, a enorme riqueza sonora daquele idioma é um de seus aspectos que mais me encantam. Por mais que você possa achar complicados os "biquinhos", as nasais e os erres do francês, tem que admitir que não é a coisa mais fácil do mundo aprender a pronunciar palavras como throw, world e internet, a diferenciar fit de feet ou bad de bed e a resistir à tentação de pronunciar eyes igualzinho a ice...
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5) Além disso, é bom lembrar que a gramática inglesa não é a coisa mais regular do mundo. Algumas "esquisitices" desse idioma inspiraram o poema Four all who reed and right. Evidentemente, toda língua tem suas bizarrices, mas convenhamos que aqueles phrasal verbs, cruz credo! (Phrasal verbs são expressões criadas a partir da combinação entre um verbo e uma preposição ou um advérbio, com um sentido que não pode ser deduzido das partes, tipo turn on, turn off, turn over, get over, get up, get around to, give in, give up, give out e umas outras centenas).
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Mas não quero me estender demais. Aliás, por que estender é com s e extensão é com x? Português é muito complicado...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dica do dia

A alface, o coentro ou a salsa murcharam? E logo agora, que você já está de pijama e sem coragem de sair de casa? Calma, que nem tudo está perdido. Coloque as folhas em uma bacia com água gelada, e em alguns minutos elas voltam ao normal, recuperando sua cor e sua crocância. Isso só não acontece se as folhas estiverem passadas. Cuidado: a água não pode ser gelada demais!