Como disse em outro texto, já perdi a conta de quantas vezes me disseram que francês é muito complicado “porque tem muito verbo”. Costumo rir comigo mesmo pensando: ainda bem que tem muito verbo – se não, como é que a gente ia se comunicar? Brincadeiras à parte, a afirmação, comum a quase todos os meus alunos, significa que não é fácil aprender a conjugação verbal da língua que eu ensino. E não é fácil, mesmo. Mas é bem menos complicado que em português. Vamos fazer uma comparação? Vou listar os tempos verbais efetivamente usados no idioma de Simone de Beauvoir, deixando de lado aqueles que só existem nos livros de gramática ou na literatura rebuscada, e dizer seus correspondentes em português. Não farei uma descrição exaustiva para não te deixar exausto (não mencionarei o impératif nem o gérondif, p. ex.), mas o que segue é o principal. Vou usar como exemplo o verbo faire (“fazer”) na primeira pessoa do singular.
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Indicatif présent : je fais
Presente do indicativo (eu faço) ou “presente progressivo” (eu estou fazendo). A expressão être en train de, que corresponde a nossa construção com o gerúndio (je suis en train de faire) é muitíssimo menos usada do que seu equivalente em português. Normalmente, o contexto comunicativo ou um advérbio (maintenant, actuellement, p. ex.) basta para determinar esse aspecto durativo. Usa-se o indicatif présent também no lugar do nosso futuro do subjuntivo, em hipóteses como “Se eu não estiver muito cansado, a gente pode ir ao cinema”, que dá “Si je ne suis pas très fatigué, on pourra aller au cinéma”.
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O presente é o tempo mais difícil do francês, pois é aquele que concentra a maior parte das irregularidades. Ele também é um “pau-pra-toda-obra” pois, com os advérbios certos, ele pode expressar o futuro (“Demain j'arrive à neuf heures” = “Amanhã eu chego às nove”) e o passado (“Hier, je rentre chez moi et je vois mon chien qui mange mes chaussures” = “Ontem, chego em casa e pego meu cachorro comendo meu sapato”), dando mais vivacidade à ação designada. Como se vê, esse fenômeno também ocorre em nosso idioma; porém, parece-me que ele é mais frequente me francês.
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Para mais detalhes sobre a tradução do nosso gerúndio, leia meu texto especialmente dedicado a isso.
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Imparfait : je faisais
Pretérito imperfeito do indicativo (eu fazia) ou “imperfeito progressivo” (eu estava fazendo), com aquela observação já feita sobre a expressão être en train de. Usa-se o imparfait também no lugar de nosso pretérito imperfeito do subjuntivo, em hipóteses como “Se eu não estivesse cansado, a gente poderia ir ao cinema”, que dá “Si je n’étais pas fatigué, on pourrait aller au cinéma”. O imparfait ainda tem a vantagem de ter sempre as mesmas terminações, ao contrário do português, que tem vários tipos (eu cantava, eu fazia, eu era, eu punha). Para o uso do imperfeito do subjuntivo em orações subordinadas do tipo “eu queria que você fizesse”, veja mais adiante.
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Passé composé : j’ai fait
Alvo de incompreensões a recordista de reclamações dos alunos, o passé composé é o equivalente de nosso pretérito perfeito (eu fiz). Literalmente, significa eu tenho feito, e é usado no lugar dessa construção e de locuções como eu venho fazendo. Para marcar esse aspecto de repetição, pode-se empregar advérbios ou locuções adverbiais (dernièrement, ces derniers jours etc.). O passé simple (je fis) é típico da escrita culta ou literária e nunca é usado na língua oral ou na escrita cotidiana (jornais, e-mails, cartas...). A construção venir de (je viens de faire) indica o passé récent: em português, acabei de fazer.
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Plus-que-parfait: j’avais fait
O mesmo que eu tinha feito. Em português falado, o pretérito mais-que-perfeito nunca é usado em sua forma sintética (eu fizera). Em francês, essa forma nem existe. Como você talvez já esteja desconfiando, o plus-que-parfait também serve para fazer hipóteses, quando se usa a conjunção si: "si j'avais fait", assim, significa "se eu tivesse feito".
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Futur simple: je ferai
Ao contrário de seu primo português, o futuro do presente (eu farei), o futur simple pode ser ouvido na língua oral. O chamado futur proche, construção com o verbo aller (je vais faire = eu vou fazer), serve para indicar algo mais imediato. Como em francês não existe o futuro do subjuntivo, o futur simple será usado em construções com quand, au moment où etc: “Quand j’arriverai à l’aéroport, je t’appellerai” = “Quando eu chegar no aeroporto, te ligo”. Também entra em frases do tipo "Você poderá fazer o que quiser": ("Tu pourras faire ce que tu voudras") e com a expressão tant que (que se traduz como "enquanto", no sentido de marcar um limite no tempo e não no sentido de marcar uma simultaneidade – nessa acepção, usa-se pendant que), em frases do tipo "Enquanto houver injustiça, haverá razão para lutar" ("Tant qu'il y aura de l'injustice, il y aura une raison pour se battre").
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Futur antérieur: j’aurai fait
Literalmente, significa eu terei feito. Indica algo que vai acontecer no futuro antes de outra ação no futuro. Ex.: “Quand j’aurai fini mes études, je passerai un mois en Italie” = “Quando eu tiver terminado meus estudos, vou passar um mês na Itália”. Em português, não costumamos marcar esse aspecto conclusivo, e dizemos simplesmente “Quando eu terminar meus estudos...” Um outro valor do futur antérieur é o de indicar um passado hipotético: “L'accident aura été provoqué par une panne électrique” = “O acidente deve ter sido provocado [terá sido provocado, literalmente] por um defeito da parte elétrica”.
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Conditionnel présent: je feraisEquivalente ao nosso futuro do pretérito (eu faria), porém, a meu ver, mais usado em francês devido à própria cultura: franceses gostam de modular suas afirmações – em situações em que o brasileiro diria “Tem que ligar pra prefeitura”, o francês poderá dizer “Il faudrait (teria que) appeler la mairie”. A construção com o presente (il faut = tem que, é preciso) será usada quando se quiser dar um tom mais direto.
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Indicatif présent : je fais
Presente do indicativo (eu faço) ou “presente progressivo” (eu estou fazendo). A expressão être en train de, que corresponde a nossa construção com o gerúndio (je suis en train de faire) é muitíssimo menos usada do que seu equivalente em português. Normalmente, o contexto comunicativo ou um advérbio (maintenant, actuellement, p. ex.) basta para determinar esse aspecto durativo. Usa-se o indicatif présent também no lugar do nosso futuro do subjuntivo, em hipóteses como “Se eu não estiver muito cansado, a gente pode ir ao cinema”, que dá “Si je ne suis pas très fatigué, on pourra aller au cinéma”.
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O presente é o tempo mais difícil do francês, pois é aquele que concentra a maior parte das irregularidades. Ele também é um “pau-pra-toda-obra” pois, com os advérbios certos, ele pode expressar o futuro (“Demain j'arrive à neuf heures” = “Amanhã eu chego às nove”) e o passado (“Hier, je rentre chez moi et je vois mon chien qui mange mes chaussures” = “Ontem, chego em casa e pego meu cachorro comendo meu sapato”), dando mais vivacidade à ação designada. Como se vê, esse fenômeno também ocorre em nosso idioma; porém, parece-me que ele é mais frequente me francês.
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Para mais detalhes sobre a tradução do nosso gerúndio, leia meu texto especialmente dedicado a isso.
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Imparfait : je faisais
Pretérito imperfeito do indicativo (eu fazia) ou “imperfeito progressivo” (eu estava fazendo), com aquela observação já feita sobre a expressão être en train de. Usa-se o imparfait também no lugar de nosso pretérito imperfeito do subjuntivo, em hipóteses como “Se eu não estivesse cansado, a gente poderia ir ao cinema”, que dá “Si je n’étais pas fatigué, on pourrait aller au cinéma”. O imparfait ainda tem a vantagem de ter sempre as mesmas terminações, ao contrário do português, que tem vários tipos (eu cantava, eu fazia, eu era, eu punha). Para o uso do imperfeito do subjuntivo em orações subordinadas do tipo “eu queria que você fizesse”, veja mais adiante.
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Passé composé : j’ai fait
Alvo de incompreensões a recordista de reclamações dos alunos, o passé composé é o equivalente de nosso pretérito perfeito (eu fiz). Literalmente, significa eu tenho feito, e é usado no lugar dessa construção e de locuções como eu venho fazendo. Para marcar esse aspecto de repetição, pode-se empregar advérbios ou locuções adverbiais (dernièrement, ces derniers jours etc.). O passé simple (je fis) é típico da escrita culta ou literária e nunca é usado na língua oral ou na escrita cotidiana (jornais, e-mails, cartas...). A construção venir de (je viens de faire) indica o passé récent: em português, acabei de fazer.
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Plus-que-parfait: j’avais fait
O mesmo que eu tinha feito. Em português falado, o pretérito mais-que-perfeito nunca é usado em sua forma sintética (eu fizera). Em francês, essa forma nem existe. Como você talvez já esteja desconfiando, o plus-que-parfait também serve para fazer hipóteses, quando se usa a conjunção si: "si j'avais fait", assim, significa "se eu tivesse feito".
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Futur simple: je ferai
Ao contrário de seu primo português, o futuro do presente (eu farei), o futur simple pode ser ouvido na língua oral. O chamado futur proche, construção com o verbo aller (je vais faire = eu vou fazer), serve para indicar algo mais imediato. Como em francês não existe o futuro do subjuntivo, o futur simple será usado em construções com quand, au moment où etc: “Quand j’arriverai à l’aéroport, je t’appellerai” = “Quando eu chegar no aeroporto, te ligo”. Também entra em frases do tipo "Você poderá fazer o que quiser": ("Tu pourras faire ce que tu voudras") e com a expressão tant que (que se traduz como "enquanto", no sentido de marcar um limite no tempo e não no sentido de marcar uma simultaneidade – nessa acepção, usa-se pendant que), em frases do tipo "Enquanto houver injustiça, haverá razão para lutar" ("Tant qu'il y aura de l'injustice, il y aura une raison pour se battre").
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Futur antérieur: j’aurai fait
Literalmente, significa eu terei feito. Indica algo que vai acontecer no futuro antes de outra ação no futuro. Ex.: “Quand j’aurai fini mes études, je passerai un mois en Italie” = “Quando eu tiver terminado meus estudos, vou passar um mês na Itália”. Em português, não costumamos marcar esse aspecto conclusivo, e dizemos simplesmente “Quando eu terminar meus estudos...” Um outro valor do futur antérieur é o de indicar um passado hipotético: “L'accident aura été provoqué par une panne électrique” = “O acidente deve ter sido provocado [terá sido provocado, literalmente] por um defeito da parte elétrica”.
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Conditionnel présent: je feraisEquivalente ao nosso futuro do pretérito (eu faria), porém, a meu ver, mais usado em francês devido à própria cultura: franceses gostam de modular suas afirmações – em situações em que o brasileiro diria “Tem que ligar pra prefeitura”, o francês poderá dizer “Il faudrait (teria que) appeler la mairie”. A construção com o presente (il faut = tem que, é preciso) será usada quando se quiser dar um tom mais direto.
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Conditionnel passé: j'aurais fait
Usado para hipóteses sobre o passado: eu teria feito.
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Subjonctif présent: que je fasse
Equivalente ao presente do subjuntivo (que eu faça). Porém, enquanto o português ainda guarda na oralidade a concordância dos tempos (eu quero que você faça / eu queria que você fizesse), o francês já não se dá mais a esse trabalho (je veux que tu fasses / je voulais que tu fasses). Uma frase com a concordância “certa” (com o subjonctif imparfait, inexistente na língua corrente: je voulais que tu fisses) soaria cômica, de tão rebuscada, e só será encontrada em literatura. Muito mais pode ser dito a respeito da diferença entre o português e o francês no uso do subjuntivo, mas isso fica para uma próxima ocasião.
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Você deve ter percebido que, apesar de haver numerosos tempos verbais, muitos deles são, na verdade, tempos compostos que não acrescentam tanta complexidade à morfologia do idioma. Afinal, trata-se simplesmente de diversas combinações entre o auxiliar (être ou avoir) e o participe passé. Ainda assim, suponho que, depois dessa explicação, você vá me dizer: “Tá, continuo achando complicado!” Mas se você deixou de pensar que não dá para entender, já me dou por satisfeito.
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Subjonctif présent: que je fasse
Equivalente ao presente do subjuntivo (que eu faça). Porém, enquanto o português ainda guarda na oralidade a concordância dos tempos (eu quero que você faça / eu queria que você fizesse), o francês já não se dá mais a esse trabalho (je veux que tu fasses / je voulais que tu fasses). Uma frase com a concordância “certa” (com o subjonctif imparfait, inexistente na língua corrente: je voulais que tu fisses) soaria cômica, de tão rebuscada, e só será encontrada em literatura. Muito mais pode ser dito a respeito da diferença entre o português e o francês no uso do subjuntivo, mas isso fica para uma próxima ocasião.
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Você deve ter percebido que, apesar de haver numerosos tempos verbais, muitos deles são, na verdade, tempos compostos que não acrescentam tanta complexidade à morfologia do idioma. Afinal, trata-se simplesmente de diversas combinações entre o auxiliar (être ou avoir) e o participe passé. Ainda assim, suponho que, depois dessa explicação, você vá me dizer: “Tá, continuo achando complicado!” Mas se você deixou de pensar que não dá para entender, já me dou por satisfeito.
Já mandei o link pra duas pessoas que me perguntaram, há algum tempo, sobre o uso dos tempos verbais em francês. Embora esse não fosse seu objetivo primeiro, serve bem ao caso.
ResponderExcluirConfesso que quando você disse que ia deixar de lado "aqueles [verbos] que só existem nos livros de gramática ou na literatura rebuscada" achei que ia dar uma escamoteada na história pra provar que o francês é mais fácil. Mas, uma vez que você mencionou o passé simple e o subjonctif imparfait, quais são outros?
No mais, excelente post. Um abraço.
P.S.: Sou o seu ex-aluno Vítor, que fazia História na Ufes. Já comentei aqui como 'vidaseverina', mas recentemente criei um "blog de trabalho".
olha só.... apareceu meu nome ao invés do endereço do blog! melhor assim.
ResponderExcluirOi, Vítor. Infelizmente, não dá nem pra fingir que francês é fácil. Mau objetivo foi apenas mostrar que não é impossível aprender...
ResponderExcluirCom relação aos outros tempos verbais, escrevo um post sobre isso um dia desses. Um abraço.
Vitor,
ResponderExcluireu e minha namorada estamos estudando na França desde janeiro. como nao tivemos mto tempo pra estudar a lingua, sofremos btt, principalmente com os verbos.
Seu post vai salvar nossas vidas! hehehe
e olha q eu procurei em mtos lugares sobre isso! Parece q vc escreveu pra gente!
haha
brigadao e agora vc ganhou um leitor assiduo!
abs
Olha a gafe, eu ia responder ao post do vitor, mas resolvi escrever pra vc (sandro) e esqueci de mudar o nome em cima!
ResponderExcluirq vergonha! hehehe
abs
Parabéns meu amigo pela iniciativa, estou aprendendo francês e o seu blog é de uma utilidade imensa para meus estudos. Valeu sucesso.
ResponderExcluirVocê é um santo!
ResponderExcluirobrigada ;)
Muito boas essas dicas e justamente o que procurava para fazer o comparativo com o português. Parabéns e muito sucesso!
ResponderExcluirabraço
Olá Sandro, parabéns pela iniciativa. Faz um tempo já que venho procurando esse tipo de explicação para poder compreender melhor o francês. Eu gostaria de saber onde eu posso encontrar mais explicações desse tipo, existe algum livro sobre o assunto? E aproveitando, se você souber também onde posso encontrar o mesmo tipo de informação mas relacionando o português e o inglês agradeceria muito.
ResponderExcluirPor fim deixo uma sugestão para um post: uma explicação sobre as hipóteses em francês e as diferenças para o português. Você explicou um pouco neste post mas acho que tem margem para algo mais. O que você acha? O que me intriga é que parece que esse tipo de formação de frase recebe uma ênfase específica em francês. Nunca vi em nenhum livro de português um tópico chamado "hipóteses".
Abraços!
Creio que as hipóteses recebem uma ênfase particular nos materiais de ensino de francês pela mesma razão que se costuma abordar os conectores lógicos com uma atenção especial. Na verdade, a argumentação é algo importante na cultura francesa, que costuma ser caracterizada de "cartesiana" (em referência a René Descartes). Ora, a formulação de hipóteses e o encadeamento das ideias são elementos necessários para a exposição de argumentos. Abraço.
ResponderExcluirgostei muito bom, parabens, amanha tenho teste de françês em redaçao no gymnase, e isso ajuda muito, pra na hora vc pensa em portugues mas escrever em françes
ResponderExcluirOlá :D
ResponderExcluirBem após ter lido esta sua expliacação lá fixei melhor o FUTUR SIMPLE mas mesmo assim ainda não lá cheguei LOOL !
Mas tem aqui uma boa explicação, continue assim :D !
Sandro,
ResponderExcluirTenho só 14 anos e estou na França há 4 meses, estou em classe de adaptação, aprendendo Francês, pra depois ir pra classe normal. Estava procurando sobre gerúndios na nossa aula de informática(que eu estava super curiosa pois sempre escutava só o presente do indicativo e eu não conseguia explicar a minha questão pra minha prof. de Francês)E então, FINALMENTE, achei seu bendito blog. Pra mim foi ótimo porque é muito mais fácil com alguém explicando na minha língua rsrs
Anotei o link em um papel e agora já faz parte dos meus favoritos. De verdade, adorei!!! Parabéns pelo blog ;)
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ResponderExcluirAchei seu site por um acaso Sandro....
ResponderExcluireu estudo francês há algum tempo...me esforçando muito, porque não é tão fácil ter contato com o francês com a facilidade com que podemos ter com o inglês,que para mim, parece estar em todo lugar.
Muito obrigada!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei a explicação! Parabéns!
ResponderExcluirObrigada por compartilhar...
Fantástico. Maravilhoso - me perco muito nas comparações.... obrigada.
ResponderExcluirFoi também "por acaso" que encontrei seu blog. E advinha como? Procurando por uma boa explicação para o plus-que-parfait... Achei aqui, obrigada!
ResponderExcluirme perdia na hora da tradução com os tempos verbais tanto no françês quanto no português, essa explicação do professor Sandro me esclareceu muitas duvidas em relação a tempos verbais destes dois idiomas,
ResponderExcluirmuito obrigada professor Sandro.
Maria
obrigada pela explicação, me ajudou bastante a entender os tempos verbais em francês.
ResponderExcluirOlá, Sandro!
ResponderExcluirSerá que você poderia me passar o seu e-mail?
Não vou te perturbar muito. Só preciso de uma ajuda com uma conhecida (francesa) que virá para o Brasil. É que ela está estudando português sozinha há 3 meses e eu estou ajudando-a. Mas, infelizmente, ela tem algumas dúvidas que eu não consigo sanar. Não sou professora de português e meu francês é fraco. Então, como tenho o seu blog nos meus favoritos e lembro de você quando estudamos juntos na UFES (curso de francês para a comunidade - você era realmente muito bom nos estudos), pensei que pudesse ajudá-la com algumas dicas. Ela virá para o Brasil a negócios no ano que vem.
Bem, é isso.
Se puder me ajudar, isto é, ajudá-la, pensei em passar seu e-mail ou o link do blog para ela te fazer algumas perguntas.
Desde já agradeço pela atenção,
Mônica Zierer
Monica, acho que o melhor é ela deixar as perguntas nos comentários do blog; assim, quando eu responder e ela, poderei ajudar outras pessoas que também lerem. Abraço.
ExcluirOlá Sandro. Parabéns pelo Blog!
ResponderExcluirDúvida. Eu vejo que os tempos Futuro Simples e Futuro anterior se confundem em algumas situações, como você mesmo citou. Veja>
“Quand j’arriverai à l’aéroport, je t’appellerai” = “Quando eu chegar no aeroporto, te ligo”. (Future simple)
"Quand j'aurais arrivé à aéroport, je t'appellerai" = "Quando eu tiver chegado no aéroporto, te ligo". (Future antérieur).
Pra mim é apenas um jeito diferente de dizer.
Obrigado pela resposta.
Olá, Marlon.
ExcluirVocê percebeu que não há correspondências diretas. Para dar um exemplo, o indicatif présent pode ter várias traduções diferentes: presente do indicativo, "presente contínuo", futuro com "ir", pretérito perfeito e futuro do subjuntivo (em construções com "si"). Cada um desses tempos, por sua vez, terá correspondências em outros tempos do francês.
Com relação à sua pergunta, como eu disse no texto, a diferença entre o futur antérieur e o futur simple é que, no primeiro, destaca-se o fato de que a ação foi concluída, ao passo que o segundo não dá ênfase a isso. Em português, muitas vezes deixamos de marcar esse aspecto verbal, daí termos o costume de usar apenas o futuro do subjuntivo (quando eu chegar), em vez de usar a construção composta (quando eu tiver/houver chegado).
O importante, quando se estuda um fenômeno linguístico, é não enxergar as coisas apenas em termos de certo x errado, obrigatório x proibido. Assim, entre "Quand j'arriverai à l'aéroport" e "Quand je serai arrivé à l'aéroport", a diferença é o que é posto em destaque, é mais uma questão de estilo.
Espero ter ajudado.
Ótima explicaçação!!
ResponderExcluirObrigada
Professor Sandro, seu post me foi MUITO últil, não sei nem como agradecer. Existem muitas escolas/professores/métodos de ensino que pregam que o melhor jeito de aprender é tendo contato sempre e tudo mais, ou seja, explicar em francês. Não concordo com isso, em diversas vezes NECESSITO de uma comparação em português para eu entender bem o que estou lendo. E nossa, seu post foi maravilhoso pra mim. MUITO OBRIGADO, grande abraço.
ResponderExcluirsofri, mas era disso que eu precisava. Merci! :)
ResponderExcluirufa!!! muito bom!! incrível, era justo o que eu procurava! FAVORITOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirÓtimo post. Vc não pode imaginar como ajudou tanto alguém que nem conhece. Obrigada!
ResponderExcluirSandro, sua explicação é muito boa! No entanto, ainda fiquei com uma pequena dúvida... se eu quero dizer algo como 'queria ter feito', 'queria ter ido' , etc. eu uso qual tempo verbal?
ResponderExcluirSeria 'je voulais fait'?
Quanto mais estudo francês, acho que o complicado mesmo é o português, com os nossos vários tempos compostos!
Obrigada!
Larissa,
Excluir"Je voulais fait" é agramatical, pois associa um particípio passado (fait - feito) com o verbo "vouloir" (querer), que em geral pede o infinitivo - fica algo como "eu queria feito".
No meu texto, não falei sobre construções complexas como essa que você menciona, que exigem um tempo composto chamado "conditionnel passé".
"Queria ter feito isso" é "j'aurais voulu faire ça"; "queria ter ido lá" é "j'aurais voulu y aller".
Como se pode ver, não é uma tradução palavra-por-palavra da estrutura do português: as frases em francês, se traduzidas de modo completamente mecânico, seriam "eu teria querido fazer isso" e "eu teria querido lá ir".
Curiosidade: o inglês, nesse caso, se aproxima mais do português, pois nessa língua se diz "I would like to have done it" e "I would like to have gone there".
Abraço.
Excelente!! Muito obrigado!
ResponderExcluirGosto demais das suas postagens ,pois são muito fácil de entender.
ResponderExcluirVocê Sandro é rápido e objetivo!!
Parabéns e muito obrigada!!
Oi Sandro,
ResponderExcluiradorei seu post, mas ele me deixou uma duvida:
-Usamos o Indicatif Imparfait no lugar do Subjonctif Imparfait em frases como:
“Se eu não estivesse cansado, a gente poderia ir ao cinema”, que dá “Si je n’étais pas fatigué, on pourrait aller au cinéma”;
-Usamos o Subjonctif Présent no lugar do Subjonctif Imparfait em frases como:
"eu queria que você fizesse", que da "je voulais que tu fasses";
E finalmente usamos o Plus-que-parfait no lugar do Subjonctif Imparfait em frases como:
"se eu tivesse feito", que da "si j'avais fait".
Pelamordedeus, qual a regra para escolher????
Muito obrigada!!!
Muito obrigado pelos esclarecimentos e pela visível paixão contagiante pelo idioma francês! Merci beaucoup.
ResponderExcluirSandro, parabéns pelo site. Se todos tivessem a iniciativa de compartilhar os conhecimentos que possuem, teríamos um mundo bem melhor.
ResponderExcluirSandro,
ResponderExcluirEstou iniciando os meus estudos no frances desde março desse ano e após uma aula sobre o Passé Compasso e o Passé Imparfait fiquei com algumas sobre a utilização dos tempos verbais no passado em francês e acabei me deparando com o seu blog. Muito obrigada por esclarecer as principais funcionalidades e modos dos construção dos tempos verbais em francês, me ajudou bastante e me instigou a saber mais sobre acada um deles.
Realmente, francês é uma língua muito difícil, mas eu creio que vale a pena! Parabéns pelo texto!!
Parabens Sandro, otimas colocaçoes e explicacoes diretas. Obrigado!
ResponderExcluirAdorei o post será bem útil
ResponderExcluirSó me restam duas palavrinhas a dizer em bom e "fácil" Português: MUITO OBRIGADA!
ResponderExcluirTrès interessant a tua explicaçao, Sandro. Gostei muito e vou visualizar tuas postagens. Com relaçao ao Passé Composé, desejo fazer uma observaçao: minha prof. De frances, durante o periodo em que estive em Bruxelles, explicou que esta forma é usada para tratar de algo que aconteceu e teve fim no passado. Ex: eu nasci ( j'ai né). Podes acrescentar, s'il vous plait, algo a esta informaçao? Merci a vous.
ResponderExcluirTrès interessant a tua explicaçao, Sandro. Gostei muito e vou visualizar tuas postagens. Com relaçao ao Passé Composé, desejo fazer uma observaçao: minha prof. De frances, durante o periodo em que estive em Bruxelles, explicou que esta forma é usada para tratar de algo que aconteceu e teve fim no passado. Ex: eu nasci ( j'ai né). Podes acrescentar, s'il vous plait, algo a esta informaçao? Merci a vous.
ResponderExcluirJe suis né*
ExcluirBoa noite, queria saber se J'AI EU FAIT seria a mesma coisa que J'AVAIS FAIT, ou seja EU TINHA FEITO, pois eu uso sempre o J'AVAIS para me referir ao passado. Qual seria a diferença entre entre estes dois termos?. Desde já muito obrigado.
ResponderExcluirmuito obrigado sandro ,pelo seu blog .a partir dele pude fazer algums ajustes linguisticos.
ResponderExcluirMuito obrigada!!!! Realmente, me mudei faz pouco tempo a frança e olha, esse subjuntivo, tal de fizesse e tivesse, notei que uso bastante em portugues mas ate agora nao tive uma explicacao decente rsrsrs
ResponderExcluirOBRIGADA!
muito bom seu resumo, espero encontrar mais deles.
MUITO BOM . AJUDOU DEMAIS. MERCI
ResponderExcluirMuito bom Sandro, eu tenho algumas duvidas no Passé antérieur, se você pudesse me ajudar... Ah, quando eu for fazer uma redação em francês devo utilizar o Passé Composé ou o Passé Simple?
ResponderExcluirObrigado!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO mais simple, é utilizar o Passé composé!
ResponderExcluirNossa como queria simplesmente isso!!! Obrigada
ResponderExcluirComo eu expresso um tempo progressivo. Algo que fiz no passado e continuo fazendo. Como eu digo "Eu tenho caminhado bastante"
ResponderExcluirJ´aime beaucoup! queria aprender ainda mais do passe simple
ResponderExcluirMuito bom o post! Obrigada por compartilhar seu conhecimento!
ResponderExcluirVoilà! Merci beaucoup pour partager cette information!
ResponderExcluirTrés planche e compressivo...
ResponderExcluirCongratulations!
Parabéns Sandro! Excelente trabalho!
ResponderExcluirFinalmente consegui entender isso hahaha muito obrigada ❤
ResponderExcluirParabéns, muito obrigada por compartilhar!!!
ResponderExcluirSandro, muito obrigado pelo seu artigo! Certamente tem sido útil para muitos que estão tentando vencer o desafio do aprendizado dos verbos do idioma francês.
ResponderExcluirNossa! Exatamente o que estava necessitando. Muito bom!
ResponderExcluir