segunda-feira, 27 de abril de 2009

Edward Current

Já postei um outro vídeo de Edward Current (An Atheist meets God). Esse cara, além de ter um senso de humor muito particular, é ótimo ator. Seu humor é tão singular e sua interpretação é tão boa que a maioria dos comentários que as pessoas deixam nos seus vídeos no Youtube mostra que elas não entenderam a piada! Coisas assim quase me levam a concordar com os criacionistas e a afirmar que a evolução nunca ocorreu...
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No mais, peço desculpas pelo fato de o vídeo estar em inglês e não ter legendas. Infelizmente, ninguém traduziu ainda, e eu não sei como legendar vídeos do Youtube.
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Checkmate, Atheists!


God only SEEMS nonexistent!

cartesiano

penso, logo não sou
...................não sou eu mesmo nem outro
...................não sou verdadeiro
................e não sou falso
........................o espaço branco dentro de mim
........é um olho que calcula, anota e simula,
..........dentro de uma redoma de vidro,
...esperando talvez capturar-se a si mesmo
....................................................a si esmo
.......................................................um dia

não me dou conta, mas contas,
................e conto e conto para mim mesmo,
.....................onde quer que eu esteja,
...........................o que faço e o que sinto,
................e me contento em tentar entender
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é tinto o vinho, a carne é rubra,
eu... não sei: branco, oco, frio,
........quem sabe descubra onde me escondi,
.............................................onde me perdeu...
...........................se eu fosse alguém como eu,
............................................aquém de minha anestesia,
.....................de minha falta de agonia que me angustia e tortura...

a letra O tem meu nome,
...é um ser completo e estanque,
vazio, puro, ideal meu que eu destruiria...
se eu fosse alguém como eu

sexta-feira, 24 de abril de 2009

"Maigrir", de Sansévérino

Link para o clipe de "Maigrir", de Stéphane Sansévérino (infelizmente, a incorporação está desativada):
http://www.youtube.com/watch?v=RRd8o0aSOmQ
A letra se encontra, comme d'habitude, no comentário.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Como traduzir em francês o gerúndio do português?

Como afirmei num texto anterior, o indicatif présent e o imparfait podem ser traduzidos por uma forma simples ou por uma construção com o gerúndio (formas em –ndo). O aspecto durativo não precisa ser marcado e o contexto ou algum advérbio se encarrega de solucionar qualquer dúvida: se você acaba de ser apresentado a uma pessoa e ela te pergunta “Qu’est-ce que tu fais ?” (“O que você faz?”), ela quer saber sua profissão; se um velho amigo te telefona e te faz a mesma pergunta, ele naturalmente está interessado em saber o que você está fazendo. Ao que você responde simplesmente “je lis”, “je regarde la télé” ou “je mange”, por exemplo.
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Em uma narração, você diria “Hier, quand tu m’as appelé, je discutais avec Jérôme, tu sais, le prof de maths qui habitait au bout de la rue”. Os verbos sublinhados estão no mesmo tempo, o imparfait, mas, em português, costumamos distinguir entre um “imperfeito progressivo” (que indica um processo que estava em curso quando um fato ocorreu) e um “imperfeito habitual” (que indica que a ação ou o estado designado pelo verbo eram habituais, repetidos ao longo do tempo). Teríamos, então, “Ontem, quando você ligou, eu estava conversando com Jérôme, sabe, aquele professor de matemática que morava no fim da rua”.
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Talvez você se lembre daquela expressão “être en train de + infinitif”, que equivaleria ao nosso às vezes esquisito “estar + verbo em –ndo”. Retomando os exemplos anteriores, você talvez me diga que o seu amigo poderia te perguntar “Qu'est-ce que tu es en train de faire ?” e que sua resposta seria “Je suis en train de lire / de regarder la télé / de manger” ou “j’étais en train de discuter avec Jérôme...” Seria gramaticalmente correto, mas nada disso soaria natural: os franceses preferem mesmo é a forma simples, e não sofrem de gerundismo.
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Não quero dizer que “être en train de + infinitif” seja uma construção jogada às traças. Mas ela ficaria de fora nesses casos. Um uso mais provável seria o de alguém que exclamasse “Ah les hommes, toujours en train de mater les femmes” (“Ah, os homens, sempre ‘secando’ as mulheres”). E que ouviria de mim “En fait, ce sont les femmes qui sont toujours en train de regarder les autres femmes” (“Na verdade, são as mulheres que estão sempre olhando as outras mulheres”). O que me lembraria “Hommes, femmes”, um pop meio enjoadinho interpretado por Lynnsha e D. Dy. Você pode ver o clipe abaixo: deixa o vídeo baixando e lê o resto do artigo (a letra está no comentário). Repare que a expressão “être en train de + infinitif” está sempre associada a advérbios que passam a ideia de “constantemente”, “o tempo todo”.
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Mas o uso do gerúndio em português vai muito além do aspecto durativo e do famoso gerundismo: essa forma do verbo permite realizar, em nossa língua, diversas construções sintéticas e bastante elegantes, como os exemplos abaixo, seguidos da tradução. Observe que, em francês, é necessário uma oração completa.
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“Vi André conversando com Simone” (“J’ai vu André qui causait avec Simone”)
Considerando que...” (Si l’on considère que...”)
“Mesmo aceitando que..., eu...” (“Même si j’accepte que..., je...”)
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“Começar” e “terminar” também costumam introduzir verbos no gerúndio em nosso idioma; em francês, usa-se uma preposição e o infinitivo:
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Comecei mostrando as diferentes traduções do indicatif présent.” (“J’ai commencé par expliquer les différentes traductions de l’indicatif présent.”)
Terminarei explicando o uso do gérondif.” (“Je terminerai par expliquer l’usage du gérondif.” - Também seria possível dizer “Je terminerai en expliquant...”)
“Vou acabar ficando louco.” (“Je finirai par devenir fou.”)
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Outra construção tipicamente brasileira, ao que me parece, é uma que combina o verbo vir e o gerúndio: “Venho recebendo o apoio de diversas pessoas.” Em francês, seria necessário usar o passé composé associado a um advérbio para traduzir essa nuance: “Dernièrement (Ces derniers temps), j’ai reçu le soutien de plusieurs personnes.”
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Existe em francês, por outro lado, o participe présent. Trata-se de formas em –ant derivadas do radical de nous do indicatif présent (há apenas três exceções à regra de formação: êtreétant, avoirayant e savoirsachant). Embora menos usado que o nosso gerúndio, é muito interessante:
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“Nos résultats montrent que les villes ayant le secteur bénévole le plus fort sont celles qui possèdent des leaders efficaces et des réseaux sociaux actifs.” (“Nossos resultados mostram que as cidades que têm o setor de trabalho beneficente mais forte são as que possuem líderes eficazes e redes sociais ativas.”)
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Essa construção com o participe présent permite, nesse caso, evitar a repetição do pronome qui (seria gramaticalmente correto substituir “ayant” por “qui ont” mas, em termos de estilo, ficaria pesado). Um outro exemplo:
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“Quelles sont les raisons qui motivent les gens habitant dans les grands centres urbains à ne pas conduire leur automobile pour se rendre au travail?” (“Quais são as razões que motivam as pessoas que moram nos grandes centros urbanos a não ir de carro ao trabalho?”)
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O participe présent também permite expressar a noção de causa, em uma tournure bastante econômica. Observe que, em português, é necessário marcar a causalidade por uma conjunção.
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“La France étant un État unitaire, aucune de ses divisions administratives ne possède de compétence législative.” (“Como a França é um Estado unitário, nenhuma de suas divisões administrativas possui competência legislativa.”)
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Associando-se o participe présent de être ou de avoir ao participe passé, pode-se dar a ideia de passado:
“Le Président ayant constaté que le quorum était largement dépassé déclare ouverte l'Assemblée générale à 9h 30 précises” (“O Presidente, tendo constatado que o quórum havia sido amplamente ultrapassado, declara aberta a Assembleia geral precisamente às 9h30.”)
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Como se vê, às vezes é o francês que é mais sintético, às vezes é o português. A construção chamada gérondif (en + participe présent), no entanto, é quase sempre traduzida como um gerúndio em nosso idioma, e exprime noções como causa, maneira e simultaneidade, como se pode ver nos exemplos a seguir:
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En méprisant le danger, il s’est blessé.” (“Desconsiderando o perigo, ele se feriu.”)
En lisant, on acquiert beaucoup de vocabulaire.” (“Lendo, adquire-se muito vocabulário.”)
“Je lis en écoutant de la musique.” (“Eu leio escutando música.”)
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Há limites para o uso do gérondif, no entanto: “Ele chegou comendo uma maçã” (Quand il est arrivé, il mangeait une pomme”). De ouvido, diria que uma frase como “Il est arrivé en mangeant une pomme” soa estranha.
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Como você pode ver, não é assunto simples. Mas nada que a prática não resolva. Afinal, como diz o provérbio: En forgeant, on devient forgeron”. Numa tradução improvisada: “É trabalhando na forja que a gente se torna ferreiro.”
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E, para te encorajar a estudar, cito (muito fora de contexto, note-se bem) o personagem de Molière: “L’appétit vient en mangeant(“O apetite vem à medida que se come.”) Lembre-se: quanto mais você estuda, mais percebe o quanto ainda pode aprender.

La retraite

Depuis que je suis à la retraite, je m'ennuie un peu alors, l'autre jour, je suis allé en ville et suis entré dans un magasin.
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J'étais là depuis à peine 5 minutes, lorsque je suis sorti, il y avait un policier qui rédigeait une contravention pour mauvais stationnement.
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Je me suis rendu auprès de lui et lui dit : "Allons, monsieur, pourquoi ne pas donner une chance à un citoyen retraité ?" Il m'ignora et continua à écrire.
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Je l'ai traité de "con". Il m'a regardé et a commencé à écrire une autre contravention, parce que les pneus étaient soi-disant trop usés. Alors, je l'ai traité de "tête de cochon".
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Il finit la deuxième contravention et la plaça sur le pare-brise avec la première. Il commença ensuite à en rédiger une troisième sous un quelconque prétexte fallacieux... Cela continua pendant environ 20 minutes.
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Plus je le traitais de tous les noms, du style : "saloperie de flic" "poulet aux hormones" "gestapo" "chien policier" "homme des cavernes" "néandertalien" "singe en uniforme" etc., plus il rédigeait de contraventions.
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Personnellement, je m'en foutais un peu : J'étais venu au centre commercial en bus. Mais depuis que je suis à la retraite, j'essaie de trouver des trucs "fun" pour m'amuser. C'est important de se tenir occupé, à mon âge !

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mendigos sinceros

Foto tirada por uma amiga (roubei do Orkut dela). Vou me limitar a um comentário: repare que o chapéu não está vazio... prova de que a honestidade ainda é muito valorizada!
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P.S.: Não consigo resistir ao vício da profissão: em francês, "mendigar", "pedir esmola" é mendier, demander l'aumône, tendre la main ou faire la manche. "Mendigo" é SDF (sans domicile fixe) ou clochard (em verlan, que é um tipo de gíria em que se inverte as sílabas, diz-se charclo); a palavra mendiant é um termo menos usado. Mas também pode-se dizer chemineau, gueux ou... mendigot (essa foi uma surpresa para mim, parece até palavra inventada por aluno!).

sexta-feira, 10 de abril de 2009

"Monde virtuel", de Mathieu Chedid

M ao vivo no Festival des Vieilles Charrues. Um dia, ainda vejo um show dele. O perigo é eu ficar completamente louco de felicidade e entrar em órbita. Como de costume, a letra se encontra no comentário.
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"Onde sensuelle", de Mathieu Chedid

Mais uma daquele que eu considero O CARA! A letra está no comentário.
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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Filé assado com mostarda e mel

O filet mignon está com um bom preço: quando você compra a peça inteira, consegue pagar até R$ 15,00 o quilo. Compre uma e corte-a da seguinte forma:
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* da ponta, você faz um picadinho, que pode virar, entre outras coisas, uma fondue ou o famoso estrogonofe (um dia passo minha receita);
* da parte cilíndrica mais perto da ponta, saem os famosos medalhões;
* do coração do filé, vêm os tournedos, que é um medalhão maior e mais grosso (o nome, que nos cardápios brasileiros se declina em milhões de ortografias delirantes, surgiu quando o famoso compositor italiano Rossini pediu ao chef Dugléré, que ele chamava de “Mozart da cozinha”, que preparasse um prato com filé no salão do restaurante – como o cozinheiro disse que não conseguiria concentrar-se diante do cliente, este retrucou “tournez-moi le dos”: vire de costas para mim);
* da “cabeça”, tira-se um pedaço grande e grosso de carne, o chamado Chateaubriand ou châteaubriant (do nome do escritor cujo cozinheiro teria inventado a receita ou do nome da cidade francesa de Châteaubriant, no departamento de Loire-Atlantique).
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Vamos usar esse último corte. Embale os outros pedaços separadamente e congele. A receita que segue se inspira em dois pratos franceses tradicionais: o lapin rôti à la bourguignonne (coelho assado à moda da Borgonha, em que se recobre a carne com mostarda para evitar que ela se resseque) e o gratin dauphinois (fatias de batata gratinadas com creme, alho e manteiga). Lembre-se que você deverá usar mostarda de Dijon: a mostarda tipo americana, mais ácida e menos consistente, não vai dar o sabor necessário e não vai reter a umidade da carne.
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Ingredientes (para quatro pessoas)
1 Chateaubriand (aprox. 400 g)
4 batatas médias ou grandes, descascadas e finamente fatiadas
2 dentes de alho finamente picados
1 maço de salsa finamente picada
1 punhado de ramos de tomilho fresco
100 ml de mostarda de Dijon
50 ml de mel
70 g de parmesão ralado na hora (compre de preferência o Selita, que não é muito ácido – se usar aquele de pacotinho, desculpe a sinceridade, vai estragar a receita)
2 colheres de sopa de azeite de oliva
70 g de manteiga sem sal (simplesmente nunca cozinhe com manteiga com sal)
1/2 colher de sobremesa de alecrim fresco picado
Sal e pimenta-do-reino a gosto
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Preparo
Unte um refratário de vidro redondo com azeite e forre todo o fundo com 1/3 da batata. Tempere com um pouco de sal e, se desejar, pimenta. Coloque a carne no meio e distribua o restante da batata em volta, de modo a deixar o Chateaubriand dentro de um “buraquinho”. Retire a carne, tempere com um pouco de sal e, caso queira, pimenta. Disponha pedaços de manteiga na cavidade central e no arco em volta dela. Leve ao forno a 180° por 30 minutos.
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Numa tigela, misture o mel, a mostarda, o alho, o alecrim e metade da salsa. Tempere a carne com sal e pimenta, depois envolva-a completamente de mostarda temperada e reserve. Ao fim dos 30 minutos de cozimento da batata, retire o refratário do forno e deposite o tomilho e depois o château na cavidade central. Com a ajuda de uma espátula, retire a mostarda que tiver sobrado na tigela e regue a carne. Salpique tudo com o restante da salsa. Acomode o queijo sobre a batata e leve ao forno a 240° por mais 30 minutos.
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No momento de cortar seu château, você verá que ele está bem malpassado e solta um abundante suco vermelho-escuro. Isso significa que a carne está cozida corretamente. Só de pensar em comer filé bem-passado, sinto calafrios. É uma heresia tão grande quanto colocar açúcar num vinho de qualidade. É claro que você pode me dizer “mas eu gosto de carne bem-passada”, ao que eu só posso responder “tudo bem, mas você está errado”.
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Você pode servir esse prato com ervilhas (daquelas congeladas) e cenouras cozidas ao vapor, e acompanhá-lo de uma bela taça de vinho tinto.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

"L'homme pressé", do Noir Désir

Clipe de L'homme pressé, do Noir Désir, um dos grandes nomes do rock francês. Essa canção, que me inspirou a escrever o poema do post precedente, foi lançada em 1997. A data é importante para entender melhor a letra e, talvez, para compreender aquela dancinha esquisita que eles fazem. Estou até agora me perguntando se a intenção era ironizar as boy bands da época ou se é apenas de cafonice. Bom, a verdade é que minha pergunta é retórica. Confio na sua inteligência e na sua leitura da letra (que se encontra no comentário) para escolher entre a ironia e a cafonice.

un homme léger

je séjourne et je dors
dans mon corps qui compte
les heures de mes journées qui s’écoulent
entre le soleil de plomb
et un ciel bientôt de plomb
enivré par l’ennui, par le train-train
par cette interminable répétition
je suis un homme pressé
je glisse dans la foule, je manque d’aplomb
sur un air quelconque je chante
des chagrins que je n’ai point connus
je suis un homme léger
je prends un air grave pour parler
de tout ce qui au fond ne me concerne guère
au milieu de la rue je pense
« allez ça roule ! »
et pour moi qui suis si mou
tous les moules sont bien
trop faciles à rentrer dedans
mes pas ne laissent pas de trace
je passe et je refoule
ce que je n’éprouve pas

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Kool Aid Killer

Não tem nada a ver com o blog, nem sei direito que marcador colocar, mas você merece ver isso.

Entrevista com Audrey Tautou

Entrevista com a adorável Audrey Tautou. E com um outro cara em quem não prestei atenção. Em francês, sem legenda, mas bastante claro. Aproveite para treinar seu francês e para curtir o biquinho que ela faz quando hesita: heu...

Mais Paris Combo

Dois clipes do Paris Combo para você esquecer o funk que o seu vizinho ficou escutando durante o fim-de-semana.

Calendar (letra)


Moi, mon âme et ma conscience (letra)

O mendigo boa-praça

Tirei a foto acima no mesmo dia da foto do Paulo. O cara era muito simpático, mas estava meio apressado. Nem consegui pegar o nome dele...

sábado, 4 de abril de 2009

"La sécurité de l'emploi" - Fatals Picards

Para quem não viu Entre os muros da escola e ainda acha que a realidade das escolas francesas é muito diferente da realidade das escolas brasileiras, vale a pena conferir essa música, divertidíssima. A letra aparece no vídeo. Lembre que chuis é a representação da pronúncia habitual de je suis (você não vai encontrar isso no dicionário). Vários dos apóstrofos usados também são "incorretos", ou seja, não são conformes à ortografia oficial, apenas indicam que o e foi engolido para que você saiba o ritmo da frase (muito útil se você quiser aprender a cantar).

"L'appétit du bonheur" - Aldebert

Aldebert tem um estilo musical muito agradável e textos de uma riqueza e de uma leveza únicas. Essa canção (L'appétit du bonheur) brinca com o vocabulário da culinária. O clipe é muito divertido, também. A letra está nos comentários.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Bœuf bourguignon

Como já fazia um certo tempo que eu queria colocar no site algumas receitas francesas tradicionais, segue abaixo minha versão do maravilhoso bœuf bourguignon. Digo minha versão porque ela é a minha síntese das várias que já encontrei (algumas usam purê de tomate ou orégano, o que eu não uso por achar um desvio da receita original). A receita está em francês, em itálico, com a tradução entre parênteses.
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Bœuf bourguignon (Ensopado de carne de boi à moda da Borgonha)
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Pour 6 personnes (Para 6 pessoas)
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1,5 kg de gîte coupé en morceaux (1,5 kg de músculo cortado em pedaços)
150 g de lardons coupés en dés (150 g de bacon cortado em cubinhos)
350 g de champignons (350 g de champignons - evite os cogumelos em conserva, que têm gosto de salmoura; você encontra cogumelos frescos na Sabor da Terra, no Day by day, na P. do Canto)
1 bouteille de vin rouge (1 garrafa de vinho tinto seco)
1 cuillère à soupe d'huile (1 colher de sopa de óleo - evite colocar azeite de oliva, que tem um sabor mais acentuado)
50 g de beurre (50 g de manteiga sem sal)
2 carottes hachées (2 cenouras picadas - você pode cortar em cubinhos de 0,5 cm)
2 gros oignons hachés (duas cebolas grandes picadas)
2 ou 3 gousses d’ail (2 ou 3 dentes de alho)
1 bouquet garni - persil, thym, laurier (1 bouquet garni - amarrado de salsa, tomilho e louro; se não encontrar tomilho fresco para amarrar com as outras, use tomilho seco, que é parecido)
Sel, poivre et persil (Sal, pimenta-do-reino e salsa)
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Dans une cocotte, faites chauffer le beurre et l’huile, faites-y revenir les lardons et les oignons hachés. Retirez-les de la cocotte et faites-y revenir les morceaux de viande. (Em uma panela, esquente a manteiga e o óleo, refogue o bacon e a cebola picados. Retire-os da panela e refogue os pedaços de carne - use fogo alto e mexa bastante para a carne dourar bem.)
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Remettez les lardons et les oignons. Salez légèrement, poivrez et versez le vin. Ajoutez la carotte, le bouquet garni et l’ail. (Recoloque o bacon e a cebola. Salgue levemente, ponha a pimenta e adicione o vinho. Acrescente a cenoura, o bouquet garni e o alho.)
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Couvrez et laissez mijoter 2 heures. Au bout de ce temps, faites dorer les champignons dans un peu de beurre et ajoutez-les à la viande. Faites cuire encore 30 minutes. (Cubra e deixe cozinhar em fogo bem baixo durante 2 horas. Ao fim desse tempo, doure os champignons em um pouco de manteiga e adicione-os à carne. Cozinhe por mais 30 minutos.)
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Ôtez le bouquet garni et parsemez la viande de persil haché avant de servir. Servez avec des pommes de terre cuites ou en purée. (Retire o bouquet garni e salpique a carne com salsa picada antes de servir. Sirva com batatas cozidas ou em purê - veja dicas de como preparar seu purê.)