eu que não me chamo Raimundo
não me chamo Carlos
e não rimo com o mundo
eu que sou quase ninguém
mas também não sou João
não repito o não
que vem da multidão
eu que sempre penso
em como tudo pode ser
eu o homem denso
o homem dança
sem nem ver
eu tenho um nome estranho
e me emaranho em questões
eu
o que sou eu
o que me deu
de ser quem sou
que eu nem sei
me sinto bem
me sinto meu
ó meu amor eu sou alguém
aos trinta e três
é esta a vez
de estar enfim entre as estrelas
estremecendo ao te olhar
eu estrangeiro e sempre Sandro
em outra terra ao teu lado
trilhando outros meandros
vou dançando atrapalhado
destravo o escafandro
e subo enfim
à superfície de mim
CARDÁPIO
Professor
(123)
TV Sandro
(94)
Vocabulário do francês
(45)
Música
(41)
Opinião
(40)
Links interessantes
(39)
Ateu
(24)
Gramática francesa
(24)
Fotografia
(23)
Humor francês
(20)
Poemas
(20)
Cozinha
(19)
Cinema francês
(17)
Mathieu Chedid
(13)
Ortografia do francês
(10)
AUDIO FORUM
(1)
DOSSIERS
(1)
JOGOS
(1)
sexta-feira, 10 de maio de 2013
terça-feira, 5 de março de 2013
A globalização está roubando o encanto do Carnaval?
Estaria a globalização destruindo o carnaval de Dunkerque, que já foi assunto de um texto empolgado neste blog? Recentemente, um vídeo com foliões daquela cidade cantando Les touristes, on n'aime pas ça ("Nós não gostamos de turistas") causou polêmica no Facebook.
Isso significa que aquela festa alegre e colorida se tornou hostil aos visitantes exteriores? Não é bem assim. Minha esposa, Emmanuelle Leroy Cerqueira, dunkerquoise e carnavaleuse, escreveu um belo texto sobre o assunto. Ele está no site Global Voices.
Para ler o original em francês, clique no link abaixo:
A tradução em português, realizada por Inês Pontes, se encontra no endereço a seguir:
Quem quiser saber mais sobre o carnaval de Dunkerque pode consultar o texto que dediquei ao assunto dois anos atrás:
domingo, 24 de fevereiro de 2013
CAVIAR DE TAPIOCA E CAMARÃO À BAIANA
.
Ingredientes:
250 g de tapioca
200 ml de catupiry
400 g de camarão descascado cru (se usar camarão pré-cozido,
pode ficar seco)
200 ml de leite de coco (não pode ser adoçado)
½ pimentão picado
2 tomates médios picados
1 cebola grande picada
Alho picado a gosto
Colorau a gosto
Coentro picado a gosto
Sal e pimenta a gosto
Azeite ou óleo de dendê
.
Modo de preparo:
Numa panela, em fogo médio, aqueça um pouco de azeite ou de
óleo de dendê, acrescente o colorau, o alho e a cebola. Refogue um pouco, acrescente
o leite de coco, o sal, a pimenta (opcional, mas altamente desejável), os tomates
e o pimentão. Deixe cozinhar cerca de três minutos, acrescente 200 ml de água e
deixe voltar a ferver.
.
Misture a tapioca e os camarões em 200 ml de água fria e
acrescente ao conteúdo da panela. Adicione também o coentro e mexa até que todos
os ingredientes estejam bem espalhados e a tapioca esteja hidratada, deixando a
massa consistente.
.
Ponha o conteúdo da panela em uma forma refratária untada
com um pouco de óleo. Espalhe o catupiry de modo a recobrir completamente a
massa (o queijo vai evitar que ela se resseque). Leve ao forno bem quente para
gratinar e sirva.
.
A foto do prato servido pode não ter ficado muito boa, mas o gosto estava ótimo. A textura é surpreendente!
.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
SILAS MALAFAIA E O RELATIVISMO BARATO
Muito se falou sobre a entrevista que o pastor Silas
Malafaia deu recentemente a Marília Gabriela. Suas opiniões sobre a homoafetividade
geraram grande controvérsia, e um dos principais temas foi um suposto dilema
entre a defesa de uma minoria historicamente oprimida e a liberdade de
consciência/expressão. Daí eu me peguei com algumas perguntas: Se a pessoa é
evangélica, cristã ou acredita em Deus, ela tem que estar do lado de qualquer
um que compartilhe isso com ela? Combater o discurso do Malafaia é atentar
contra a liberdade de expressão e de consciência? O Brasil está vivendo uma
ditadura gay?
O deputado Jean Wyllys reagiu veementemente às
afirmações do pastor milionário, mostrando seu ponto de vista. Elias Vieira (biólogo, mestre em genética e doutorando em genética na
Universidade de Cambridge) desmontou tudo o que o pregador da televisão disse
sobre as bases biológicas da homoafetividade. A réplica do Malafaia foi uma
série de gritos e ataques pessoais que não apresentam nenhuma refutação direta
das fontes citadas pelo especialista e investem em um entendimento equivocado
do sentido da palavra “teoria” em ciência. (Para quem não sabe, uma teoria
científica não tem nada a ver com um “achismo” ou uma hipótese: trata-se de um
conjunto de explicações construídas a partir da observação de dados concretos.
A gravidade e a existência dos germes, por exemplo, são teorias.)
O debate costuma ser acalorado, e a linguagem agressiva do
televangelista costuma semear a discórdia e dificultar a discussão. Talvez por
isso muita gente costume encerrar o debate com o relativismo que diz que "cada um tem a sua opinião". Mas não se pode ir além disso? O que o
Malafaia disse na recente entrevista com a Marília Gabriela é um ponto de
vista, OK. Mas nem todos os pontos de vista são equivalentes e nem toda opinião
se justifica. A ideia que negros, mulheres e nordestinos são inferiores também
é uma opinião, mas não se justifica. Para além de quaisquer princípios
humanistas, há toneladas de evidências que mostram que os preconceitos de ordem
étnica, sexual e geográfica não fazem sentido.
A luta dos LGBTT é simplesmente no sentido de garantir a
igualdade de direitos e a proteção contra o preconceito e a discriminação
dirigido a eles e às suas famílias. Todos têm direito de se sentir seguros, sem medo
de ser agredidos, assassinados ou ser alvo de mentiras infundadas. As
afirmações do Malafaia são baseadas simplesmente em dogmas. O que ele falou
sobre genética, antropologia e psicologia é de uma falta de sentido
escandalosa. E, ao contrário do que ele quer fazer parecer, seu discurso está
longe de ser inofensivo. Ele pode não dizer "matem os gays", mas
alimenta mentiras e fantasmas sobre os homoafetivos e reforça o ódio dos
homofóbicos que "metem a mão na massa".
A questão é bem mais simples do que parece. O debate sobre o
direito à opinião é importante, mas não é o fundamental da questão. O principal
é que Malafaia não se contenta em exprimir um ponto de vista. Ele disse claramente
na entrevista que deu a Marília Gabriela que quer influenciar na política. E,
com relação à questão em foco, a grande batalha dele é impedir que os homoafetivos
tenham os mesmos direitos que os héteros. Como é que a pessoa que quer ter o
mesmo direito que os outros é ditadora? Poderíamos, então, falar em
"ditadura negra" no caso dos negros americanos que queriam acabar com
as leis racistas que os excluíam de numerosas instituições educacionais e
impediam os casamentos "interraciais"? Malafaia se declarou o maior
"inimigo" (a palavra é dele) dos militantes LGBTT e ninguém ignora o
esforço que ele tem feito para que a homossexualidade volte a ser considerada
uma doença, posição que a psicologia já abandonou há muito tempo.
E a liberdade religiosa? Malafaia tem o direito de dizer que
se opõe à prática homoafetiva e que aqueles que abraçam a mesma fé que ele
devem seguir o comportamento determinado pela interpretação que ele faz da fé
cristã. Mas ele não quer só isso: ele quer o direito de oprimir uma parcela da
população, impedindo-a de ter acesso aos mesmos direitos que todos têm. E é
isso que não dá para aceitar. Além disso, é preciso ser ingênuo ou cínico para
não perceber que Malafaia instrumentaliza a homofobia de muitos brasileiros como
uma forma de ganhar notoriedade e alavancar seus projetos políticos. (Não, ele
não precisa vir a se candidatar para ter projetos políticos.) Com relação a
considerar seu discurso como de ódio: não é preciso dizer "vai lá e dá
porrada" para incitar ao ódio. Quando um "homem de Deus"
sustenta um discurso tão veemente contra uma minoria que está em busca de
igualdade, em um país em que até hoje ocorrem muitíssimos casos de violência
homofóbica, inclusive com assassinatos, em suma, quando esse pastor se declara
"inimigo" desse pessoal, os homofóbicos agressivos se veem reforçados
em sua intolerância.
Assim como nenhum ateu sério apoiaria alguém que dissesse
que todos os cristãos são imorais, assim também os evangélicos deveriam buscar
suas melhores lideranças, não sujeitos do baixo nível de Malafaia. Seu
linguajar vulgar e sua tendência a querer ganhar tudo no grito mostram que ele
não argumenta melhor que um pitboy. A confrontação que ele cria só serve para
gerar hostilidade e separação, e o mundo precisa de informação, diálogo e amor
para que possamos viver juntos. Não seria essa a mensagem mais bonita de Jesus?
O importante é compreender que os evangélicos não precisam entrar no jogo do
Malafaia e ficar do lado dele. Há cristãos que aceitam a diversidade sexual –
os partidários do Malafaia querem negar a eles o direito de se proclamar
cristãos? Justamente eles, que são protestantes e, portanto, batalharam pelo
direito à liberdade de interpretação das Escrituras? Por sinal, há muitos
evangélicos que fazem questão de deixar claro que o líder da Assembleia de Deus
Vitória em Cristo não os representa. Eles fizeram uma petição para mostrar sua
força, cujo link está disponível no final do texto.
Quem tem amigos gays e lésbicas, como eu, não pode tolerar o
preconceito, o julgamento infundado; o texto do
deputado Jean Willys não se opõe à liberdade religiosa, mas à expressão de um
tipo de fundamentalismo do qual o Silas é uma das expressões mais eminentes.
Ninguém com um mínimo de inteligência vai defender o "direito de
expressão" de falseadores como os nazistas e os fundamentalistas
islâmicos, judeus ou cristãos. Da mesma forma, Silas Malafaia não tem o
"direito" de continuar veiculando suas mentiras e sua intolerância
sob a capa da religião e do seu diploma em psicologia.
Como lutar contra um adversário tão rico e poderoso? Foi
feita uma petição para que Malafaia tenha seu registro de psicólogo cassado, em
função da campanha que ele promove contra as minorias sexuais. É preciso saber que
frontalmente Malafaia descumpre o estabelecido pela Resolução N.º 001/99 do
Conselho Federal de Psicologia, que proíbe explicitamente os psicólogos de
patologizar a homoafetividade e manter discurso público contra ela. Isso justifica,
de modo objetivo, a abertura de processo administrativo contra ele dentro do
Conselho Federal de Psicologia. Não se trata, portanto, de um abaixo-assinado
querendo proibir suas atividades de pastor. Apesar disso, fundamentalistas
evangélicos lançaram outra petição, solicitando que o mercador da fé pudesse continuar
se declarando psicólogo. Felizmente, a comunidade do Avaaz.org decidiu que a
segunda petição não se enquadrava dentro de seus princípios e a retirou do ar.
Claro que teve gente falando em "ditadura". Vamos esclarecer isso.
Primeiramente, lembremos que um dos objetivos do Avaaz.org é
lutar pela democracia e pelos direitos humanos, e uma petição para defender alguém
que dedica parte considerável de seu tempo a disseminar preconceitos não faz
sentido nessa plataforma. Imaginem se alguém lançasse no Avaaz.org uma petição
em favor do Renan Calheiros ou da legalização do Partido Nazista no Brasil?
Pois é, é a mesma coisa. Outro ponto importante é que Malafaia se apresenta
como psicólogo para tentar dar mais peso a seu discurso, mas descumpre normas
explícitas do Conselho Federal de Psicologia. Nesse sentido, Malafaia não tem o
direito de continuar se apresentando como psicólogo. É por isso que a petição
contra ele se justifica e é por isso que a resposta dos fundamentalistas
evangélicos não faz nenhum sentido. Não se trata de um concurso de popularidade, mas de uma argumentação em cima do cumprimento das regras
ligadas ao exercício de uma profissão. Essas regras, por sua vez, são baseadas
no estado dos conhecimentos científicos do campo de saber que embasa essa
profissão.
Se Malafaia quiser provar que a homossexualidade é um
transtorno e que casais formados por pessoas do mesmo sexo não têm condições de
educar crianças, que faça uma pesquisa séria, baseada em dados concretos,
submeta-a a revisão por um conselho editorial de uma revista especializada em
psicologia e convença uma parte considerável dos profissionais da área. E que
consiga derrubar a Resolução N.º 001/99 do CFP. Enquanto ele não fizer isso,
qualquer discurso nesse sentido é preconceito puro e simples, sem mais fundamento
do que o racismo ou o machismo e merecedor do mesmo desprezo por parte das
pessoas decentes e esclarecidas.
Petição dos evangélicos que não se sentem representados por Malafaia:
Petição solicitando a cassação do registro de Malafaia no
CRP:
Entrevista de Malafaia com Marília Gabriela:
Notícia do comentário de Jean Willys sobre a entrevista de
Malafaia:
Artigo de Alyson Freire sobre a teologia da prosperidade de
Malafaia:
Crítica do geneticista Eli Vieira (biólogo, mestre em
genética e doutorando em genética pela Universidade de Cambridge) às afirmações
pseudocientíficas de Malafaia:
Reação de Malafaia à crítica do especialista (somente para
quem consegue conter sua ânsia de vômito ao ver tanta arrogância e
desinformação):
Artigo desmontando a refutação de Malafaia ao geneticista
Eli Vieira:
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
caranguejos
no fundo
o mundo é um mangue
e o coração
uma bomba de sangue
do tamanho de um punho
cerrado
savana
selvagem
sacana
mas qual é mesmo nosso chão?
.
nós caranguejos
duras tarântulas da lama
de ódios e desejos
tantas raízes tanta trama
em nosso enredo na escuridão viscosa
traçamos trajetórias transversais
sem progresso só tropeço
alheios dedos
nos retraem
nos distraem
nos extraem
nosso medo de barro
molhado e mole
nada pode
quanto escárnio
em minha carne os ais
da mágoa
da água fervente
e mente nossa vida
se escapa nela
é o que nos altera
é o que nos tempera
é o que nos espera
e fim
18 de dezembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
Bref, je suis en coloc' avec une française
Esse vídeo é simplesmente sensacional, engraçado e muito interessante para uso em sala de aula, seja para tratar de pontos como o uso dos apóstrofos na representação da pronúncia corrente, seja para mostrar vocabulário informal, seja para lançar uma discussão sobre as relações entre culturas diferentes.
Deixo a vocês o prazer da descoberta:
Como o som está um pouco baixinho em alguns pontos, segue a transcrição:
Cinq heures du matin, j'me lève, elle dort !
J'me brosse les dents, je déjeune, j'me rebrosse les dents, elle dort
toujours !
Il est sept heures, je pars courir. Une crotte, deux crottes, trois
crottes. J'pense qu’en France y’a des crottes partout.
Je rentre, elle se réveille.
Je la regarde, elle me regarde, je la regarde, elle me regarde
Elle fait son café, je prends une tasse, c’est déguelasse !
Midi, on part faire des courses. On va dans le rayon alcool, elle prend que de la bière, elle
en prend une, puis deux, puis trois.
Elle prend un fromage, et un autre, et encore un autre ! Je les
sens, ça pue !
Bref, elle est française !
On sort, elle fait des photos : crottes de chiens, pigeons, lampadaires,
bref tout y passe.
A la maison, j’allume la télé, je zappe, y’a Bob Marley. Elle me dit :
« C’est qui celui là ? » En fait, je pense qu’en Chine ils connaissent rien.
Le soir j’invite des amis, on boit de la bière, elle goûte, quinze
minutes plus tard elle est bourrée
Elle préfère son eau chaude, son thé, ses baguettes, son riz .
Bref, elle est Chinoise !
Para quem se interessar em aprofundar o assunto, tenho um texto dedicado ao uso dos apóstrofos em francês:
http://sandrodecott.blogspot.com.br/2010/02/os-apostrofos-em-frances.html
Além disso, talvez fique mais fácil entender a frase "elle prend que de la bière" se você ler o que eu já escrevi sobre esse tipo de construção:
http://sandrodecott.blogspot.com.br/2009/11/expressao-da-restricao-em-frances.html
Além disso, talvez fique mais fácil entender a frase "elle prend que de la bière" se você ler o que eu já escrevi sobre esse tipo de construção:
http://sandrodecott.blogspot.com.br/2009/11/expressao-da-restricao-em-frances.html
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Já que não estou podendo escrever no blog...
Olá.
Faz tempo que não coloco nada de novo no blog, por "culpa" do mestrado que tem tomado todo o meu tempo livre. Dentro de alguns meses, quando tiver terminado de redigir minha dissertação, voltarei com novidades. Claro que posso acabar postando algo antes disso, mas não dá para prometer.
Por enquanto, em função dessas limitações, vou me contentar em passar a vocês uma indicação de um blog novo, feito por minha linda esposa, uma francesa que está vivenciando a descoberta da cultura brasileira e faz uma ponte entre os dois lados do Atlântico: http://correspondancestransatlantiques.blogspot.com.br/
Divirtam-se!
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Dicas de cinema
Hoje, às 17h, fui ao meu querido Cine Metrópolis assistir "Faça-me feliz" (Fais-moi plaisir). A partir de sexta-feira, o filme vai passar às 16h e às 20h40. Quem me conhece sabe como gosto de comédias francesas, e essa parece bem divertida. Lá do outro lado do Atlântico, a produção estreou em 2009, mas só agora deu as caras em terras capixabas, como costuma acontecer. Para quem tiver curiosidade, segue abaixo o trailer (infelizmente, sem legendas). Na verdade, o trailer só vai até 1min30, depois tem uns trechos do filme meio embolados.
Amanhã, por sinal, estreia no mesmo Cine Metrópolis outro longa da terra de François Ozon: "Românticos anônimos" (Les émotifs anonymes), que estreou por lá no fim de 2010 e também me interessou bastante, tanto que vou vê-lo no fim de semana. Horários de exibição: 17h40 e 19h10. Tem cara de comédia romântica, mas o trailer passa a ideia de que o lado "comédia" não é engolido pelo lado "romântica". Confira abaixo – dessa vez, com legendas:
P.S.: Sim, sou formado em Letras–Português e não só falo como também escrevo "assistir o filme" em vez de "assistir ao filme". Já expliquei por que muito tempo atrás: se quiser saber meu motivo de usar a regência "errada", clique aqui.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Viaje um pouco sem sair de casa
Recebi por e-mail um link simplesmente fantástico: nele, dá para visitar virtualmente alguns lugares interessantes, com vista de 360º. Clique em visite virtuelle e divirta-se: http://www.groupe-regards.com/
O melhor destino, a meu ver, é o Mont Saint-Michel: http://www.groupe-regards.com/mont-saint-michel/
sábado, 14 de janeiro de 2012
Música interessante
Consultando a biografia de Mathieu Chedid na Wikipédia, vi que ele gravou muitas músicas que não estão em seus discos. Então, percorri o YouTube atrás dessas canções, que vou postar aos poucos. Mas uma delas me chamou atenção como professor e achei que seria bacana colocá-la à disposição de meus colegas que ensinam o francês ou dos interessados em aprender o idioma que visitam o blog. Trata-se de Je vends des robes. Não é uma obra do meu cantor preferido, mas uma reprise (em francês, é assim que se diz quando alguém faz uma nova versão de uma música – o que nós chamamos de "reprise" pode se dizer reprise ou rediffusion).
O que há de interessante nessa composição? A primeira estrofe contém diversos nomes de roupas que poderiam ser bons para um daqueles exercícios de compreensão oral em que se deve preencher as lacunas do texto – para turmas que estão aprendendo esse vocabulário, pode ser legal como atividade para encerrar uma aula. O resto da letra é complicado para esses alunos (normalmente, iniciantes) e pode ser deixado de lado, pois o professor não é obrigado a explicar tudo e o aluno pode voltar ao texto mais tarde. Em sala de aula, faz-se uma atividade somente com essa parte da canção e o resto fica só para escutar mesmo. Quem quiser o resto da letra, corre atrás no Google.
O mesmo tipo de exercício pode ser feito com outras partes da música, na qual há trechos com o vocabulário da agricultura e da descrição de características físicas, por exemplo. A meu ver, é importante que o professor escolha somente uma temática e faça a exploração pedagógica da compreensão oral de modo rápido e objetivo, evitando passar muito tempo "dissecando" a gramática e o léxico, explicando tudo. O lance é curtir a música, a pedagogia é incidental.
Existe também uma outra brincadeira possível, destinada apenas ao treinamento fonético: há trechos em que o autor faz longas enumerações, em versos com rimas internas. Os alunos podem se divertir cantando junto para treinar, por exemplo, a pronúncia de sons nasais (des moutons, des cochons, des oignons, des lampions / des voisins, des machins, des raisins, des pépins) ou a diferença entre /u/ e /y/ (des babouches, des cartouches, des autruches, des baudruches). O principal é deixar claro que o objetivo da atividade é o treino da pronúncia (e, eventualmente, o aprendizado de sua relação com a ortografia) e não a compreensão do vocabulário, cuja explicação tomaria muito tempo e deixaria tudo muito entediante – quem tiver curiosidade que consulte o dicionário em casa.
Espero ter ajudado algum colega ou aluno a encontrar uma fonte interessante para o aprendizado. Segue abaixo o vídeo. A letra está nos comentários.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Un musulman perdu en plein coeur du Brésil
Vamos lá: estou numa onda de dar risada: essa esquete mostra um francês muçulmano perdido na favela de Heliópolis. Na maior parte do tempo, é falado em português com legendas em francês, o que vai facilitar a compreensão e permitir ficar atento à tradução, que está ótima. Só não deixe de ver até o final, porque só acaba mesmo depois dos créditos.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Gad Elmaleh - Les Français
Como meu último post foi de um texto humorístico, e como rir é muito bom, deixo abaixo o link para um trecho de um espetáculo de Gad Elmaleh, um cara realmente engraçado. É melhor preparar as orelhas, pois ele fala rápido (pois é, em humor sempre se fala rápido), mas vale muito a pena. Se você tiver dificuldade de acompanhar, se ligue nas legendas.
Pegadinha da gramática francesa: o plural dos dias da semana
Recebi o texto abaixo por e-mail hoje à tarde. Trata-se de um caso bem específico do uso do plural em francês: os dias da semana. Trata-se de uma super pegadinha linguística; assim, os comentários no início e no fim são escritos em linguagem bastante soutenue (rebuscada), criando um efeito de humor. Para quem tiver dificuldade em identificar, as formas pût, pûtes, sûtes e faillîtes pertencem ao subjonctif imparfait de pouvoir, savoir e faillir, respectivamente.
Como já disse em meu texto sobre o subjuntivo e no texto em que falei sobre o filme Entre les murs, trata-se de um tempo verbal tão distanciado da linguagem cotidiana que seu uso chega a soar cômico - aliás, não preciso explicar por que pûtes é uma conjugação engraçada. Para uma comparação entre o uso dos verbos em francês e em português, clique aqui. Talvez seja especialmente importante compreender a construção ne... que para não se perder no texto - se essa aparente negação ainda te deixa perdido, confira minhas dicas.
Para se divertir com as sutilezas do francês, continue a leitura. Só me faz um favor: não use esse texto para argumentar que "inglês é fácil e francês é difícil", porque já expliquei há muito tempo que isso é a maior furada.
Interrogation écrite sur le pluriel des jours de la semaine
Se pût-il que déjà vous le sûtes ?
Le pluriel des jours de la semaine ?
Doit-on mettre la marque du pluriel aux jours de la semaine ?
Eh bien oui !
Lundi, mardi etc… sont des noms communs soumis aux mêmes règles d'accord que les autres noms communs. On écrit donc: tous les lundis et tous les dimanches.
Sauf que, vous vous doutez bien que cela ne peut pas être aussi simple...
Lorsque ce même jour est suivi par une description de temps, la semaine par exemple, il faut compter le nombre de ces jours dans cet intervalle de temps. Dans une semaine, il n'y a qu'un seul lundi et on écrit donc : tous les lundi de chaque semaine.
Vous suivez toujours ?
Donc si on passe au mois, il y a cette fois plusieurs jours qui sont un lundi dans un mois et on écrit donc : la réunion a lieu les premier et troisième lundis de chaque mois.
Au passage, vous remarquerez que premier et troisième sont au singulier puisqu'il n'y a qu'un premier et qu'un troisième dans un mois. Mais les deux ensemble (sans s) sont un pluriel.
C'est dans ce même ordre d'idée qu'on écrit : tous les dimanches matin et tous les mardi soir de chaque semaine.
Dans le premier cas, matin est au singulier car il n'y a qu'un seul matin dans une journée par contre il y a plusieurs dimanches.
Dans le deuxième cas, il n'y a qu'un seul mardi dans la semaine d'où le singulier et il n'y a toujours qu'un seul soir dans un mardi.
Vous faillîtes ne point connaitre ces subtilités de la langue française.
Ce jour vous le pûtes.
Un peu compliqué, non ?
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Grande descoberta
Acabei de descobrir um site fantástico: trata-se de um dicionário on-line francês-português de expressões idiomáticas, elaborado e mantido pelo CNRTL (Centre National de Ressources Textuelles et Lexicales). Todas as entradas contêm exemplos, o que é muito útil. Não há uma quantidade muito grande de expressões, mas as traduções são corretas e, o que é uma vantagem para nós, as equivalências são dadas em português brasileiro. Aproveitem bem essa fonte de informação clicando AQUI.
domingo, 6 de novembro de 2011
Alguns pratos do Norte da França
Já faz tempo que não dou as caras por aqui. Assim, para cumprir uma promessa que fiz lá por volta de março, se não me engano, vou falar um pouco mais sobre o Norte da França, região pouco conhecida pelos brasileiros, que normalmente associam aquele país à imagem da capital ou da Côte d'Azur. Já escrevi sobre o Carnaval de Dunkerque; hoje, vou falar da culinária daqueles cantos, mostrando fotos de pratos que saboreei naquela cidade e em Lille. Clique nos nomes dos pratos para acessar as receitas (em francês). Por falar nos nomes, você verá que muitos deles são em flamand (flamengo, me português), idioma da família do holandês, falado na região de Flandres, que se estende da França à Bélgica.
Moules-frites: Combinação clássica do Nord, que também faz grande sucesso na Bélgica. Aliás, há quem diga que as batatas fritas foram inventadas pelos belgas; o fato é que elas são o feijão e arroz deles: indispensáveis. E outro fato é que quem acha que conhece batatas fritas porque comeu aqueles pedaços de isopor vendidos no McDonald's está redonda, retangular e quadradamente enganado.
Bom, quem for à pontinha de cima da França vai descobrir que, lá também, quase todos os pratos vêm acompanhados desses palitinhos deliciosamente crocantes. Para quem torcer o nariz para a combinação de fritas com mexilhões, um pequeno conselho: come e não te arrependerás! Realmente, o que à primeira vista parece inusitado se mostra uma grande sacada depois da primeira mordida.
Serve-se assim mesmo, como se vê na foto: dentro da casca. Você vai pegando, comendo, bebendo o caldinho. Sans chichi (sem frescura)! Há diversas maneiras de preparar os moluscos - abaixo, vemos moules marinières, que levam vinho branco, cebola e salsa, entre outros ingredientes. Clicando no link para a receita, você vai perceber algo interessante: na França, mexilhões são medidos por litro, não por peso.
(Foto minha)
Welsh / Welch / Welche: Trata-se de uma bomba calórica, mas de uma bomba atômica. Pão embebido de cerveja (e a de lá é bem mas forte do que a nossa), presunto, ovo, queijo cheddar... Combinado com batatas fritas, que é para meter o pé na jaca direito. Estômagos sensíveis, passem à próxima receita.
(Foto minha)
Flammekueche: Parece uma pizza de massa fina, se a licença poética me permite. Mas o molho de tomate não dá as caras. Na verdade, o flamm' que eu comi era à base de cebola, creme de leite e bacon . Ótimo para acompanhar a cerveja. Hmmm, meio pesado, mas muito bom!
(Foto minha)
Pot'je vleesch: O termo, que tem bem mais de uma ortografia possível, significa "pote de carnes" em flamand. Pense nos termos ingleses pot e flesh (em inglês, pelo que eu sei, flesh é usado em oposição a spirit e não costuma designar a carne que se come, mas é só para registrar o parentesco etimológico, já que o flamand é um idioma germânico). Trata-se de carnes brancas (coelho, frango, vitelo) marinadas e cozidas no vinho branco com cebola. São servidas frias, em sua "gelatina". Simplesmente uma delícia! A receita do link acima é a mais simples que encontrei, mas senti falta do zimbro (genièvre), que é presente em numerosas variantes e dá um toque muito especial. Pessoalmente, acho que ele entra perfeitamente bem no logar do tomilho (thym).
(Foto minha)
Salada com peixes defumados / em conserva: Não precisa dizer muita coisa. Só que, sinto muito informar, prefiro nem buscar uma receita, já que essa bela salada depende de produtos que dificilmente podem ser improvisados em casa. Claro que o salmão defumado, você encontra à venda no Brasil sem grandes dificuldades. Mas para comer os camarõezinhos defumados e o kipper (o peixe que você vê ao lado das torradas), só indo a Dunkerque mesmo. De qualquer forma, fica a ideia para uma salada que vale uma refeição. Sirva com uma bela vinaigrette (mostarda de Dijon, vinagre e azeite).
(Foto minha)
Steak au Maroilles: Outra que eu vou deixar sem receita, pelo fato de que o Maroilles é um queijo (maravilhosamente fedorento) que só se encontra lá por aquelas bandas. Fora isso, o prato não parece ter grandes mistérios. Mas é outra inspiração para você.
(Foto minha)
Carbonnade flamande: Grande clássico. É como se fosse o Boeuf bourguignon do Norte, mas há muitas diferenças: a carne de boi (eu aconselharia músculo - gîte -, que é o melhor corte para ensopado, na minha opinião) é cozida na cerveja, não no vinho, e acompanhada de pain d'épices (você pode fazer essa receita) e, evidentemente, de fritas. Outra grande diferença para o Boeuf bourguignon é o sabor ligeiramente adocicado do caldo. Memorável!
(Foto tirada da internet)
Plateau de fruits de mer: Désolé. Só indo ao Norte. Coloquei aqui pra te deixar com água na boca e te avisar que, por lá, os frutos do mar são servidos geladinhos, acompanhados de vinaigrette e um delicioso molho à base de cebolas roxas e vinaigre de vin (vinagre de vinho tinto muito saboroso).
(Foto minha)
Andouillettes: Tenho uma história engraçada com essas linguiças de miúdos de porco, que são outra especialidade francesa, para as quais não conheço nada parecido por aqui. A primeira vez que comi isso foi em 2004, em minha primeira viagem à França. Já tinha lido a respeito e tinha curiosidade. Na primeira garfada, um choque. E uma enorme dificuldade de engolir. Aprecio sabores fortes e tenho a mente aberta para novas experiências culinárias, mas não dei conta. Mesmo detestando, tentei comer quatro pedaços, sempre tentando me convencer de que meu paladar ia "se reconfigurar" e ficar menos etnocêntrico. Mas não deu. Em 2010, no entanto, dei uma nova chance às andouillettes e tudo correu bem: achei muito bom. Disso, tirei uma lição que compartilho com vocês: quando a gente vai a algum lugar e nos apresentam um prato regional, sempre vale a pena provar. Mas se acontecer de a gente achar ruim, é preciso dar uma nova chance - pode ser que aquela preparação que você comeu não esteja muito bem-feita. Assim, é sempre importante se segurar antes de tirar conclusões.
(Foto minha)
Pieds de cochon: Sem grande mistério, né? Deliciosos pés de porco fritos. Nada melhor depois de um dia de trabalho...
(Foto minha)
Waterzooi / Waterzoï: Para terminar esse longo post e ir fazer meu almoço (já estou morrendo de fome), um grande clássico do Norte. Trata-se de peixe, muitas vezes cabillaud (que é o bacalhau antes de ser salgado) cozido com legumes, vinho branco e creme de leite. Simples e gostoso. Há receitas que acrescentam outros peixes ou até mexilhões, outras que substituem o peixe por frango... Waterzooi significa "cozido branco", e o water tem, sim, parentesco com white. Na foto abaixo, creio que usaram salmão.
(Foto tirada da internet)
Talvez você esteja horrorizado(a) com esses pratos engordiet. Claro que, no dia a dia, o ideal é segurar um pouco a onda, mas nunca se oferecer esses prazeres, quando não se tem nenhum problema grave de saúde, é de uma tristeza sem fim. Thomas Dutronc canta sua revolta contra a ditadura das dietas em Les frites, bordel, canção que faz uma reflexão bem-humorada (mas séria, no fim das contas) sobre a filosofia de nossa comida e sobre a nossa solidão. A meu ver, temos aqui um convite ao hedonismo, uma chamada à révolution du saucisson. Abaixo, confira o clip da versão em estúdio:
A letra, como de costume, está no comentário, para ocupar menos espaço. Veja abaixo uma versão ao vivo, em que Thomas Dutronc torna a letra ainda mais divertida. Bom treino para a compreensão oral.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Projeto para Vitória - com legendas em francês
Para os habitantes de Vitória, será interessante conferir esse pequeno documentário sobre o Cais das Artes, que está sendo construído em frente ao Convento da Penha. O projeto é do premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que foi tema de uma exposição no Musée National d'Art Moderne entre os dias 06 de abril e 06 de julho. Foi para esse museu de Paris, também conhecido como Centre Georges Pompidou, que foi realizado o vídeo que está no link abaixo. Também será uma boa pedida para quem não mora na bela capital do Espírito Santo, pois há muito vocabulário a aprender com as legendas.
http://vimeo.com/27423465
sábado, 27 de agosto de 2011
"Afinal, como se diz...?" - algumas construções e expressões coloquiais em francês
Tem sempre aquelas coisinhas que a gente sabe que não pode sair traduzindo ao pé da letra e fica aquela dúvida. Seguem abaixo algumas expressões ou construções de frase que você talvez já tenha tentado dizer algum dia. Assim, seja para responder a uma dúvida antiga, seja para evitar falar abobrinhas no futuro, acho que esse texto pode ser útil. Está completamente "aleatório", mas o fato é que me deixei ir ao sabor das ideias que me ocorriam. Caso esteja curioso a respeito de outra expressão, os comentários estão aí para isso mesmo.
- ir embora / sair fora / vazar / ralar peito: s'en aller / filer / se barrer / se tirer / se casser / s'arracher
- sair à francesa: filer à l'anglaise
- sair correndo: détaler
- sair caro: revenir cher
- ir parar na contramão: se retrouver à contresens
- tipo assim: genre
- toma na cara!: vlan! dans les dents!
- seu (covarde): espèce de (lâche)
- barbeiro (= mau motorista): chauffard (antigamente, havia barbiers, que faziam a barba de seus clientes com navalha)
- frescura: chichi ("frescor" é fraîcheur)
- fresco(a) pra caramba: chochotte comme tout
- certinho demais: trop comme il faut (veja meu texto sobre a necessidade)
- perua (= mulher fútil): bécasse (a penosa do Natal é a dinde; o veículo para a família toda é uma fourgonnette)
- patricinha: Marie-Chantal
- mauricinho: Jean-Édouard
- santo do pau-oco: tartuffe / bondieusard / bigot / cul-bénit
- santinha do pau-oco: sainte-nitouche
- no dia de São Nunca: à la Saint Glinglin
- neca (de pitibiriba): (que) nenni / que dalle (dê uma olhada em meu texto sobre a restrição)
- de mãos vazias: bredouille
- enrolar / tapear alguém: rouler quelqu'un dans la farine / mener quelqu'un en bateau / embobiner quelqu'un / duper quelqu'un / avoir quelqu'un
- me passaram a perna / me sacanearam: on m'a fait un sale tour / un tour de cochon
- papo furado: boniment (passar uma conversa é bonimenter)
- me dei mal: on m'a eu (repare que é o verbo avoir, mencionado acima)
- ele mal fala: il parle à peine
- ele fala mal: il parle mal
- ele está falando mal de você: il dit du mal de toi
- não tem jeito: y'a pas moyen
- cara de pau / folgado: sans gêne / encombrant
- encher o saco de alguém: prendre la tête à quelqu'un / saouler quelqu'un / gonfler quelqu'un
- puxar o saco de alguém: flatter quelqu'un / jeter des fleurs sur quelqu'un / lécher le cul à quelqu'un - essa última expressão é extremamente vulgar
- não é pra qualquer um: ça s'improvise pas
- ele / ela arrebenta: il / elle déchire
- maneiro / legal / irado: cool / chouette (expressão ligeiramente infantil) / mortel (gíria)
- não é grande coisa: c'est pas terrible
- se achar / ser metido a besta: avoir la grosse tête / se prendre au sérieux
- fulano que se cuide: untel n'a qu'à bien se tenir (aquele meu texto sobre a restrição é realmente bacana...)
- matar aula: sécher un cours / faire l'école buissonnière
- o sol espera por você: le soleil est au rendez-vous
- colar na prova: tricher à l'examen
- pegar (= perguntar algo que a pesso não sabe responder): coller
- pegar (um resfriado, uma doença): attrapper / chopper (un rhume, une maladie)
- pegar (uma mulher): chopper (une femme) - não é o jeito mais elegante de falar de uma aventura amorosa em nenhuma das línguas...
- coçar (= não fazer nada): glander
- coçar (= provocar sensação de coceira): piquer
- coçar (= aliviar a coceira usando as unhas): gratter
- filar / serrar / chepar (= pedir algo aos outros): gratter
- X não tem nada a ver com Y: X n'a rien à voir avec Y (isso mesmo: é igualzinho nas duas línguas)
- nada a ver: n'importe quoi !
- como assim?: comment ça?
- agora essa!: ça alors !
- essa é boa!: elle est bonne, celle-là !
- que história é essa?: qu'est-ce que tu racontes ? / ça rime à quoi ?
- que porra é essa?: c'est quoi cette merde ?
- ficou doidão?: ça va pas la tête ?
- louco / maluco / biruta / pinel / tantã: fou / dingue / cinglé / allumé / barjo / taré / zinzin
- dinheiro / grana / bufunfa / capim: argent / fric / pognon / thunes / oseille
- dá para (+ inf.): on peut (+ inf.)
- se bobear (= pode ser que...): si (jamais) ça se trouve
- acontece que...: il se trouve que... / il arrive que...
- um monte de informação solta: un tas d'infos en vrac
Assinar:
Postagens (Atom)