quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Hommes X Femmes

Um pequeno guia com o que você NUNCA deve dizer à sua mulher. Lembrando: NÃO FUI EU QUE ESCREVI O TEXTO!
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Ma femme s'est assise sur le sofa près de moi pendant que je zappais avec la télécommande.
Elle m'a demandé : Qu'est-ce qu'il y a sur la télé ?
J'ai répondu : De la poussière.
C'est là que la dispute a commencé.
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Ma femme hésitait au sujet de ce qu'elle voulait pour notre prochain anniversaire.
Elle dit : Je veux quelque chose qui a du punch et qui passe de 0 à 130 en l'espace de 3 secondes.
Je lui ai acheté une balance.
C'est là que la dispute a commencé...
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La tondeuse à gazon est tombée en panne, ma femme n'arrêtait pas de me demander de la réparer. Mais, j'avais toujours autre chose à faire : ma voiture, la pêche, les copains...
Un jour, pour me culpabiliser, je l'ai trouvée assise sur la pelouse occupée à couper l'herbe avec des petits ciseaux de couture.
J'ai alors pris une brosse à dents et je lui ai dit : Quand tu auras fini de couper la pelouse, tu pourras balayer l'entrée ?
C'est là que la dispute a commencé...
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Ma femme se regardait dans un miroir. Elle n'était pas très contente de ce qu'elle voyait.
Elle me dit « Je me sens horrible ; j'ai l'air vieille, grosse et laide. J'ai vraiment besoin que tu me fasses un compliment sur ma personne! »
Je lui ai répondu : « Ta vision est excellente ! »
C'est là que la dispute a commencé...
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J'ai amené ma femme au restaurant. Je commande un steak saignant.
Le serveur me dit : « Vous n'avez pas peur de la vache folle? »
«Non, elle est capable de commander elle-même !»
C'est là que la dispute a commencé...
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Ma femme et moi étions à une réunion d'anciens de son école.
Il y avait un homme complètement saoul, buvant verre après verre.
Je demande à ma femme « Tu le connais? »
« Oui », dit-elle en soupirant « Nous sommes sortis ensemble. Il a commencé à boire quand nous nous sommes séparés. Il n'a jamais cessé depuis »
Je lui répondis « Qui aurait pu penser que l'on pouvait fêter ça si longtemps ?! »
C'est là que la dispute a commencé...
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En arrivant à la maison hier soir, ma femme me demande de la sortir dans un endroit cher.
Je l'ai amenée à la station-service.
C'est là que la dispute a commencé...
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Au supermarché, j'ai demandé à ma femme si nous pouvions prendre une caisse de bière à 25 euros. Elle me dit non, et, sans me demander mon avis, elle se prit un pot de crème revitalisante pour la peau à 15 euros.
Je lui fis remarquer que la caisse de bière m'aiderait plus à la trouver belle que son pot de crème.
C'est là que la dispute a commencé...
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L'autre jour, j'ai demandé à ma femme où elle désirait aller pour notre anniversaire.
Elle me répond : "Quelque part où ça fait longtemps que je ne suis pas allée »
Je lui ai offert d'aller dans la cuisine.
C'est là que la dispute a commencé...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Paris", de Camille Dalmais

No finalzinho do último post, escrevi que a palavra mais usada em francês para dizer "aposta" é pari, apesar de também se poder dizer mise (mise se refere mais diretamente a dinheiro). Os verbos correspondentes são miser e parier (esse último usado em frases como "aposto que ele vai chegar atrasado": Je parie qu'il va arriver en retard). Paris, de Camille Dalmais, brinca com as palavras Paris, pari e (tu) paries, que têm todas a mesma pronúncia. A letra, muito divertida, se encontra no comentário.
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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mise au point, mise en place... o que é "mise"? Aprenda e participe!

Todo aluno de francês já empacou com alguma expressão contendo a palavra “mise”: mise au point, mise en page, mise en relief, mise en contexte, mise en bouteille, mise en place, mise en route, mise en situation... É uma lista potencialmente infinita, um verdadeiro desfile de mises!
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Mas que diabos quer dizer “mise”? Vou dar a explicação técnica, depois explico a explicação: trata-se do particípio passado do verbo mettre no feminino. Não ajudou muito? Então vamos lá: o verbo mettre significa colocar ou pôr – aproveito para dizer que esse acento não caiu no novo acordo ortográfico, pelamordedeus. Aliás, ele está presente no enunciado de muitos exercícios gramaticais (Mettez les phrases ci-dessous au passé composé), na forma de um imperativo que leva alguns alunos a esboçar um sorrisinho maroto.
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O particípio passado de mettre é mis (posto, colocado), que ganha um e no final para fazer cirurgia de mudança de gênero. Em português, o feminino do particípio passado pode designar o ato ou o efeito de realizar a ação expressa por um verbo: assim, “batida” é o ato de bater, “ferida” é a consequência de ferir e “finalizada” às vezes é sinônimo de “finalização”. O português, aliás, é rico em construções que reúnem o verbo “dar” e um particípio feminino: dar uma pisada, dar uma ligada, dar uma engordada...
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O francês, sendo uma língua latina, não é muito diferente: quer dizer que mise, além de significar “posta” ou “colocada” (la lettre a été mise dans une enveloppe rouge – a carta foi posta/colocada em um envelope vermelho), também pode ser compreendida como “o ato ou o efeito de pôr/colocar”. Basta, portanto, relacionar a expressão com mise à ideia de pôr ou colocar. Com efeito, para cada expressão (substantiva) com mise há uma expressão (verbal) equivalente com mettre.
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É assim que você tem que ver as coisas: entendendo como funciona, não decorando expressão por expressão. Se eu tentasse colocar uma lista de todas as construções com mise da língua francesa, você fecharia o blog ou arrancaria os cabelos. Como não tenho nenhum interesse em que você fique capilarmente desfavorecido, vou te dar apenas alguns exemplos pra você entender como funciona:
Mise au point : o ato de pôr no ponto – “acerto”, “ajuste” ou, se se tratar de fotografia, “focagem”;
Mise en relief : o ato de pôr em relevo – “destaque”;
Mise en bouteille : o ato de engarrafar – “envase” (“engarrafamento”, como na 3ª Ponte, se diz embouteillage ou bouchon);
Mise en place : o ato de colocar em um lugar – “implementação”, “instalação” (o contexto sempre ajuda: la mise en place d’une usine é “a instalação de uma fábrica”, la mise en place d’un système de gestion é “a implementação de um sistema administrativo”);
Mise en scène : o ato de encenar, de pôr em cena – “realização” (de um espetáculo), “encenação” (também no sentido pejorativo de “showzinho”, “teatro”);
Mise en route : o ato de colocar em rota, de pôr em funcionamento, em andamento – “execução”, “operacionalização” (mise en marche e mise en train são, a meu ver, praticamente sinônimos);
Mise en page : o ato de dispor (texto, elementos gráficos) em uma página – “diagramação”;
Mise en contexte e mise en situation : o ato de colocar no contexto, na situação – “contextualização”, “situacionalização”.
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Essa lista poderia se estender por, aproximadamente, 47 páginas, mas você já deve ter captado o espírito da coisa. Deve, também, ter percebido como as expressões com mise são soluções interessantes para evitar a formação dos detestáveis verbos em -izar e de seus filhotinhos monstrengos em -ização, que viraram mania em nosso idioma. A esse respeito, leia “Verbos novos e horríveis”, de Ricardo Freire. Esse texto me foi apresentado por uma amiga professora de português; o link que coloquei aqui está no excelente blog da professora e tradutora Sabrina Gledhill.
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É bom lembrar que mise também pode significar, entre outras coisas, “traje” ou “aposta” (afinal, você põe uma roupa e coloca dinheiro em jogo). Desse último sentido saiu o verbo miser, “apostar” (também se diz parierpari é a palavra mais usada para “aposta”).
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Mas, agora, vamos a uma mise en pratique: caso você conheça outras expressões com mise, ou assim que encontrar uma, coloque-a nos comentários deste post e proponha uma definição, ou uma tradução. Em seguida, volte a esse post (que será fácil de encontrar no marcador "Vocabulário do francês"): vou confirmar ou corrigir sua proposta, e você ainda pode conferir as contribuições de outros leitores.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Filmes sobre as guerras mundiais

Neste ano, a eclosão da Segunda Guerra Mundial completa 70 anos e, para não deixar a data passar em branco, abordei o assunto em minhas turmas de Básico 4. Trata-se de um modo de praticar os tempos verbais do passado mas, sobretudo, de lembrar desse evento traumático da história recente. É preciso não esquecer o que levou a humanidade a praticar aqueles crimes, para evitar que eles se repitam.
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Mas minha conversa com minhas turmas começou pela Primeira Guerra. Muitos consideram, na verdade, que não houve duas guerras, mas uma só: o cenário de 1918 era apenas o preparativo para uma nova onda conflitos, e foi o que ocorreu. Seja como for, gostaria de sugerir três filmes para entender melhor esse período: Un long dimanche de fiançailles, Monsieur Batignole e Bon voyage.
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O primeiro, cujo título em português é Eterno amor (muito parecido com Um longo domingo de noivado, tradução literal do original), conta a busca de Mathilde por seu noivo Manech, que é dado por morto durante a guerra (a primeira). Ela não aceita que ele tenha morrido, e tenta convecer a todos de que vai encontrá-lo. Ao contrário do que pode parecer, não é um filme de guerra nem um melodrama enjoado. A fotografia é muito bonita e ainda tem Audrey Tautou. Veja o trailer:
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O segundo filme, em nossa terra, foi batizado de Herói por acaso. É verdade que Senhor Batignole não seria o título mais atrativo do mundo, mas Herói por acaso soa tão sessão da tarde... Seja como for, o filme é ótimo. Passa-se na França ocupada pelos nazistas, onde o Sr. Batignole, dono de um açougue, começa a se beneficiar dos favores do noivo colaboracionista de sua filha, recebendo propriedades roubadas de seus vizinhos judeus pelos partidários de Hitler. Embora covarde, o Sr. Batignole tem princípios, e é isso que ele acaba por demonstrar ao longo do filme, que nos dá uma ideia da atmosfera da França nos anos 1940.
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O terceiro foi açucarado para nosso mercado de DVD com o nome A viagem do coração. OK, Boa viagem também não seria nenhuma maravilha, mas bom... O filme, que não é a água com açúcar que o nome em português deixa pensar, tem Gérard Depardieu e (ah!) Isabelle Adjani no elenco. Como cenário, a mesma França ocupada pelo III Reich. Confira o trailer:


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Para não deixar passar em branco, vamos explicar: por que se diz Seconde, e não Deuxième Guerre Mondiale? Em francês correto – não quer dizer que todos os franceses conheçam ou respeitem a regra –, quando há dois elementos, usa-se second (pronunciando o c como se fosse um g). Deuxième é usado quando há um terceiro.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

FRASE DA SEMANA

"Congresso Nacional, se gradear vira zoológico, se murar vira presídio, se cobrir com lona vira circo, se botar lanterna vermelha vira puteiro e se der a descarga não sobra ninguém".
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A frase está na seção deste sábado do humorista José Simão, na Folha de S. Paulo.